segunda-feira, fevereiro 18, 2013

Paixão

Foto do Google




Podia escrever o teu nome num vidro embaciado ou
segredá-lo a uma borboleta negra.

Podia cortar os pulsos e deixar o sangue correr até que
o mar ficasse vermelho.

Ou beijar-te os pés. Mas esse gesto está reservado
desde o princípio dos séculos e teria o sabor de uma
profanação.



Jorge Sousa Braga
( in O Poeta Nu )


7 Comments:

Blogger musicaquatica said...

... pela qualidade da poesia que por aqui se publica qualquer tentativa de escrita é já uma profanação.

obrigada pela partilha,

isabel :)

7:19 da tarde  
Blogger Mar Arável said...

A profanação

das metáforas

11:47 da tarde  
Blogger Maré Viva said...

Tanta coisa que poderíamos fazer!
Mas será que valeria a pena, se do lado de lá do vidro não houvesse ninguém para escutar?
Beijos.

12:52 da tarde  
Blogger Daniel Aladiah said...

Querida Ana
Somos os profanados por quem não queríamos que fossemos.
A vida adia-se, os impostos não.
Beijo
Daniel

9:46 da tarde  
Blogger poetaeusou . . . said...

*
amiga
,
uma óptima escolha,
,
profanada Mariposa,
diria . . .
,
um mar de luz,
deixo,
*

1:11 da tarde  
Blogger hfm said...

Bela escolha.

9:51 da manhã  
Blogger tecas said...

Excelente escolha, querida Ana!
Belíssimo poema do Jorge Sousa Braga.
Por vezes não são necessárias muitas palavras para se dizer tudo.
Maravilhoso.
Parabéns pelo bom gosto da escolha.
Beijinho amigo e uma flor.

6:51 da tarde  

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