Paixão
Foto do Google
Podia escrever o teu nome num vidro embaciado ou
segredá-lo a uma borboleta negra.
Podia cortar os pulsos e deixar o sangue correr até que
o mar ficasse vermelho.
Ou beijar-te os pés. Mas esse gesto está reservado
desde o princípio dos séculos e teria o sabor de uma
profanação.
Jorge Sousa Braga
( in O Poeta Nu )
Podia escrever o teu nome num vidro embaciado ou
segredá-lo a uma borboleta negra.
Podia cortar os pulsos e deixar o sangue correr até que
o mar ficasse vermelho.
Ou beijar-te os pés. Mas esse gesto está reservado
desde o princípio dos séculos e teria o sabor de uma
profanação.
Jorge Sousa Braga
( in O Poeta Nu )
7 Comments:
... pela qualidade da poesia que por aqui se publica qualquer tentativa de escrita é já uma profanação.
obrigada pela partilha,
isabel :)
A profanação
das metáforas
Tanta coisa que poderíamos fazer!
Mas será que valeria a pena, se do lado de lá do vidro não houvesse ninguém para escutar?
Beijos.
Querida Ana
Somos os profanados por quem não queríamos que fossemos.
A vida adia-se, os impostos não.
Beijo
Daniel
*
amiga
,
uma óptima escolha,
,
profanada Mariposa,
diria . . .
,
um mar de luz,
deixo,
*
Bela escolha.
Excelente escolha, querida Ana!
Belíssimo poema do Jorge Sousa Braga.
Por vezes não são necessárias muitas palavras para se dizer tudo.
Maravilhoso.
Parabéns pelo bom gosto da escolha.
Beijinho amigo e uma flor.
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