Do Amor I e II
Foto de Ian Britton
I
A névoa disse à árvore:
tu, cedro, perdes a tua forma,
se eu te abraço. Disse
o cedro: o Sol ama-me mais,
toma o meu corpo inteiro
no seu corpo e dá-lhe ser, figura.
II
Ver o cortejo de cedros
e acreditar que é o cenário.
Depois, estender a mão
através da longa perspectiva
oblíqua e poder apalpar,
na pele, que também os cedros
têm corpos húmidos, saliva,
à espera do Amor.
Fiama Hasse Pais Brandão
7 Comments:
"Depois, estender a mão
através da longa perspectiva
oblíqua e poder apalpar,
na pele"
Belíssimo poema que ainda não conhecia, imagem perfeita e quase, quase triste, ou serei eu?
Bjs
Querida Ana
Na forma e adaptabilidade, sinto-me a névoa cercando a floresta de cedros... se o amor fosse natural...
Um beijo
Daniel
Tb pelas escolhas sabemos da sensibilidade.
Beijos, Ana.
Tb pelas escolhas sabemos da sensibilidade.
Beijos, Ana.
K bom k hoje nos trouxeste a Fiama. Bjs e ;)
a espera do amor..
beijinho ana
SEmpre deliciosas, as tuas escolhas!
Que bom vir aqui!
beijinho grande
Enviar um comentário
<< Home