segunda-feira, outubro 10, 2005

Mar de Setembro


Foto de Miguel Costa aqui


Tudo era claro:
céu, lábios, areias.
O mar estava perto,
fremente de espumas.

Corpos ou ondas:
iam, vinham, iam,
dóceis, leves, só
alma e brancura.
Felizes, cantam;
serenos, dormem;
despertos, amam,
exaltam o silêncio.
Tudo era claro,
jovem, alado.
O mar estava perto,
puríssimo, doirado.


Eugénio de Andrade

9 Comments:

Blogger douglas D. said...

é, somos mesmo patéticos nessa procura...
bom saber do seu comentário lá no blog.
apareça.
também gosto de te ler.

4:15 da manhã  
Blogger Daniel Aladiah said...

Querida Ana
Todos temos dentro de nós um(a) jovem alado. Só temos que o deixar abrir as asas... mas os constrangimentos sociais são muito fortes, eu sei...
Um beijo
Daniel

9:58 da manhã  
Blogger Conceição Paulino said...

felizmente há mtºs dias assim, para compenar outros. a maestria do Eugénio. Obrigada. bjocas largas e ;)

5:49 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Foi agradavel reler aqui o "Mar de Setembro" do Eugénio de Andrade.

7:04 da tarde  
Blogger Lmatta said...

Olá
Boa escolha poema lindo e a foto tb
muitos beijinhos

12:22 da manhã  
Blogger DT said...

Ai Ana, tu e o mar... :)
Haverá maior cumplicidade?
Bjs

2:31 da manhã  
Blogger Quem sabe... said...

-Só podia ser mesmo Eugénio de Andrade....saudades de o ler...
Imagem cheia de cumplicidade com estas palavras tão ...hummmm :)

:)***

12:42 da tarde  
Blogger Kalinka said...

AMIGA:

Tenho andado ausente daqui deste belo lugar...onde nos deixas partilhar contigo o gosto e o amor pelo mar.

Mas, vi que foste ao «meu cantinho» e passei por aqui hoje para te agradecer as belas palavras que lá deixaste, fico sempre muito Feliz, como já sabes.

Sobre o Mar, muito teria a dizer, mas a poesia de Eugénio de Andrade já o disse. No entanto para mim não há Mar de Setembro, há sempre Mar, ele é belo e diferente todos os meses do ano.
Beijokas de saudades.

3:37 da tarde  
Blogger lique said...

"Tudo era claro". Difícil haver maior claridade que a contida nas palavras de Eugénio de Andrade.
Beijinhos, Ana

4:18 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home