Mar de Setembro
Foto de Miguel Costa aqui
Tudo era claro:
céu, lábios, areias.
O mar estava perto,
fremente de espumas.
Corpos ou ondas:
iam, vinham, iam,
dóceis, leves, só
alma e brancura.
Felizes, cantam;
serenos, dormem;
despertos, amam,
exaltam o silêncio.
Tudo era claro,
jovem, alado.
O mar estava perto,
puríssimo, doirado.
Eugénio de Andrade
9 Comments:
é, somos mesmo patéticos nessa procura...
bom saber do seu comentário lá no blog.
apareça.
também gosto de te ler.
Querida Ana
Todos temos dentro de nós um(a) jovem alado. Só temos que o deixar abrir as asas... mas os constrangimentos sociais são muito fortes, eu sei...
Um beijo
Daniel
felizmente há mtºs dias assim, para compenar outros. a maestria do Eugénio. Obrigada. bjocas largas e ;)
Foi agradavel reler aqui o "Mar de Setembro" do Eugénio de Andrade.
Olá
Boa escolha poema lindo e a foto tb
muitos beijinhos
Ai Ana, tu e o mar... :)
Haverá maior cumplicidade?
Bjs
-Só podia ser mesmo Eugénio de Andrade....saudades de o ler...
Imagem cheia de cumplicidade com estas palavras tão ...hummmm :)
:)***
AMIGA:
Tenho andado ausente daqui deste belo lugar...onde nos deixas partilhar contigo o gosto e o amor pelo mar.
Mas, vi que foste ao «meu cantinho» e passei por aqui hoje para te agradecer as belas palavras que lá deixaste, fico sempre muito Feliz, como já sabes.
Sobre o Mar, muito teria a dizer, mas a poesia de Eugénio de Andrade já o disse. No entanto para mim não há Mar de Setembro, há sempre Mar, ele é belo e diferente todos os meses do ano.
Beijokas de saudades.
"Tudo era claro". Difícil haver maior claridade que a contida nas palavras de Eugénio de Andrade.
Beijinhos, Ana
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