quarta-feira, novembro 02, 2005

Quando o amor morrer


Foto daqui


Quando o amor morrer dentro de ti,
Caminha para o alto onde haja espaço,
E com o silêncio outrora pressentido
Molda em duas colunas os teus braços,
Relembra a confusão dos pensamentos,
E neles ateia o fogo adormecido
Que uma vez, sonho de amor, teu peito ferido
Espalhou generoso aos quatro ventos.
Aos que passarem dá-lhes o abrigo
E o nocturno calor que se debruça
Sobre as faces brilhantes de soluços.
E se ninguém vier, ergue o sudário
Que mil saudosas lágrimas velaram;
Desfralda na tua alma o inventário
Do templo onde a vida ora de bruços
A Deus e aos sonhos que gelaram.



Ruy Cinatti

7 Comments:

Blogger deep said...

a capacidade de renascer das cinzas é um dom que nos acalenta os dias..mesmo dos mais cinza...

9:22 da manhã  
Blogger Su said...

qd o amor morre, a dor junta-se ás lágrimas, à confusão de sentires, ao frio....
gostei do poema conjugado com a foto
jocas maradas

12:45 da tarde  
Blogger © Piedade Araújo Sol (Pity) said...

E quando o amor morrer?!!
Faremos que ele nunca morra
que não nos abandone
porque sem amor
não somos nada
Acho eu....
gostei do poema....

2:05 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Esse atear o fogo adormecido é uma imagem belíssima.
Mais um poeta que aprendo com você.

um beijo azul de primavera, Ana.

6:50 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

"...Quando o amor morrer dentro de ti,
Caminha para o alto onde haja espaço,
E com o silêncio outrora pressentido
Molda em duas colunas os teus braços,
Relembra a confusão dos pensamentos,
E neles ateia o fogo adormecido
Que uma vez, sonho de amor, teu peito ferido
Espalhou generoso aos quatro ventos..."
Bonita esta selecção. Beijinhos.

10:06 da tarde  
Blogger Daniel Aladiah said...

Querida Ana
Belo poema... diria que preparo a minha ascenção...
Um beijo
Daniel

10:30 da manhã  
Blogger Conceição Paulino said...

belíssimo e dedilha-nos alma. bj de luz e paz

3:49 da tarde  

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