sexta-feira, maio 08, 2009

Ausência

Foto de Anke Merzbach



Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência , essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.




Carlos Drummond de Andrade

.

19 Comments:

Blogger Amaral said...

Gosto de Carlos Drummond de Andrade!
Muitas vezes o tenho "utilizado" nas minhas reflexões, porque contém sempre uma mensagem aquilo que ele fala com tanta simplicidade...
Ausência, quem a rouba de quem?...

11:35 da manhã  
Blogger Eu said...

A ausência faz doer o coração e alma!

Um trecho muito reflexivo das palavras do grande Drummond!

Um abraço carinhoso

1:42 da tarde  
Blogger Maria said...

Uma forma diferente de ver (ler) a ausência.
Assumindo-a como parte da nossa pele, pode ser. É belo o poema de Drummond.
Obrigada, Ana.

Beijinho

2:43 da tarde  
Blogger Ana Echabe said...

A ausencia é a maxima
do silencio interior.
É o tudo
do que nada nos falta.

Isso é barbaro.
Obrigada por trazer mais este poema.E sempre muito bem acompanhada por uma bela imagem.
Um lindo final de semana p/vc Ana
Bjkas.

9:52 da tarde  
Blogger vieira calado said...

Bem composto!

Ou não fosse de quem é!...

Beijinhos

11:33 da tarde  
Blogger tecas said...

Toda a poesia de Carlos Drummond de Andrade, é excelente. A simplicidade é o pendor referencial deste grande poeta.
Gostei de passar por o teu blog Ana
e ler poesia de qualidade.
Voltarei a visitar-te.
Bji

1:39 da manhã  
Blogger hfm said...

Como ele sempre soube dizer as palavras certas e poéticas!

Estarei ausente uma semana. Um beijo

11:30 da manhã  
Blogger ~ Marina ~ said...

Drummond é perfeito! E teu blog é bello!

Beijos!

12:41 da tarde  
Blogger De Amor e de Terra said...

Olá querida Ana, boa tarde.
A beleza de Carlos Drummonde de Andrade!!!

E é isso; a vida vai-nos presenteando com "coisa" só nossas, onde ninguém mais pode tocar. E que conforto isso nos dá!

Beijos Amiga.

Maria Mamede

2:06 da tarde  
Blogger Porcelain said...

É maravilhoso estar em nós... somos a nossa melhor companhia... talvez...

Muito bonito. :)

Bj

6:18 da tarde  
Blogger O Profeta said...

As andorinhas do Mar chegaram
Com alegria tatuada nas penas refulgentes
Soltam chilreados estridentes
Dançam no azul, rodopiam contentes

A maresia adormeceu na areia
O mar transformou-se em espelho de água
Uma nuvem mirou-se nele
Verteu uma última gota de mágoa


Bom fim de semana


Doce beijo

11:22 da tarde  
Blogger Mare Liberum said...

Ando sem palavras, amiga.Há tempos assim mas, apesar disso,jamais esquecerei quem tanto bem me tem feito.E a poesia ligar-nos-á sempre.

Bem-hajas!

Beijinhos para a mais formosa encosta. A do mar.

12:01 da tarde  
Blogger Daniel Aladiah said...

Querida Ana
Com o meu Douro à vista... sempre sentimos alguma ausência, porque há sempre alguém que nos falta...
Um beijo
Daniel

3:27 da tarde  
Blogger O'Sanji said...

Hoje há um post especial.
Para ti... para mim... para outras...
Beijos

(Vê tb no sentir sentido)

5:02 da tarde  
Blogger Ed. G said...

Ola Ana,

Quando nos apercebemos da ausencia em nossas vidas denotamos, um alerta do que esta errado, do que nao fazemos, e uma percepcao do que devemos fazer em ordem a preencher as nossas vidas novamente.

Mensagem deslumbrante,

Um bj amigo,
Edg

12:55 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

um lindo poema de Drummond na moldura dessa segunda-feira porto-alegrense. lindo o post, Ana. beijos.

2:35 da tarde  
Blogger Lmatta said...

gostei do poema de Drummond
beijos

5:20 da tarde  
Blogger poetaeusou . . . said...

*
a ausencia
é a intemporal presença,
,
maresias de amizade,
,
*

9:33 da tarde  
Blogger © Maria Manuel said...

«A ausência é um estar em mim.»
muito bonito isto... e difícil, às vezes, aprender a viver somente connosco.

9:56 da manhã  

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