quarta-feira, junho 24, 2009

Não me importa o amor que tenhas

Foto de Margarida Delgado



não me importa o amor que tenhas
e o amor não se dá nem tem nada para dar
as tuas mãos nas minhas são o tempo que volta
a mover sombras de nanquim, e nos teus lábios
é o sabor a tinta que me atrai.
Ebbro d'inchiostro é mais bonito, quando
ao calor de agosto as bocas se desatam
e as línguas mordem a brancura do linho.




António Franco Alexandre
( in Quatro caprichos)


.

15 Comments:

Blogger PAS[Ç]SOS said...

Como se escreve um suspiro noutras palavras? Talvez lendo de novo não seja necessário escrever e ele se repita como resposta final.

9:56 da manhã  
Blogger Heduardo Kiesse said...

já foi bom morder cada palavra!
um forte abraço

heduardo

2:50 da tarde  
Blogger hfm said...

Como gosto de Antº Franco Alexandre

9:19 da tarde  
Blogger Cristina Fernandes said...

Palavras que vale a pena recordar...
bjs
Chris

9:39 da tarde  
Blogger vieira calado said...

Beijinhos.

:)

12:34 da manhã  
Blogger Porcelain said...

O amor não tem nada para dar... nem para receber... o amor é algo que transborda de duas almas... e se junta numa só.

Beijos!

12:52 da manhã  
Blogger Maré Viva said...

"Quando ao calor de Agosto as bocas se dasatam"...
Beijinhos.

4:30 da tarde  
Blogger Maria Azenha said...

Ana, é excelente o poeta António Franco Alexandre.

Beijo,

8:40 da tarde  
Blogger Lmatta said...

lindo conjunto
beijos

2:18 da tarde  
Blogger poetaeusou . . . said...

*
palavras de linho,
de um António
que irei conhecer,
,
boa escolha, Ana,
,
maresias serenas, deixo,
,
*

3:35 da tarde  
Blogger A.S. said...

Ana,

Não conhecia este lindissimo poema!...

Quanta beleza na poética das metáforas!


Beijos...

9:06 da tarde  
Blogger lupuscanissignatus said...

puro

[desa]

linho

11:12 da tarde  
Blogger ~ Marina ~ said...

* Muito bonito mesmo!

* Abraços!

11:49 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

um belo poema, para ser lido de mãos dadas. beijo, Ana.

7:26 da tarde  
Blogger Ed. G said...

Olá Querida Ana,

Depois de um toque, não nos esquecemos de onde pertencemos.

António Franco Alexandre, sabia que o que importa não é a palavra, mas o sentimento.

Linda postagem, vi-me presente entre os versos.


Um Bj,

Edg

7:19 da tarde  

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