Os dois sonetos de amor da hora triste
Foto de Vertigo aqui
II
Não um adeus distante
Ou um adeus de quem não torna cá,
Nem espera tornar. Um adeus de até já,
Como a alguém que se espera a cada instante.
Que eu voltarei. Eu sei que hei-de voltar
De novo para ti, no mesmo barco
Sem remos e sem velas, pelo charco
Azul do céu, cansado de lá estar.
E viverei em ti como um eflúvio, uma recordação.
E não quero que chores para fora,
Amor, que tu bem sabes que quem chora
Assim, mente. E, se quiseres partir e o coração
To peça, diz-mo. A travessia é longa... Não atino
Talvez na rota. Que nos importa , aos dois, ir sem destino?
Álvaro Feijó
(Coloquei apenas o segundo soneto, por achar o primeiro, além de belo, extremamente triste)
13 Comments:
ANA:
A imagem é linda...
Pena tenho que não tenhas colocado o primeiro soneto, pois a poesia tem a sua beleza até na tristeza...acredita!
Um adeus de até já, foi o que eu te disse no sábado...!!!
Como a alguém que se espera a cada instante...pois não esperavas, foi surpresa, mas foi como se estivesses à minha espera, ADOREI.
Que eu voltarei. Eu sei que hei-de voltar...
Desta vez fui a 1ª pessoa a comentar, pois só a esta hora aqui posso vir...mas ñ tenho tido tempo para o «meu cantinho».
Beijokas Amiga.
Querida Ana
Realmente a chave do soneto diz tudo, belíssimo.
Um beijo
Daniel
Sem destino?... ou percorrendo as rotas da alma e passear pelos seus recantos de névoa...
Belíssimo poema Ana
Beijinhos
mÁRio
Passei e gostei...
Jinho
Ana,
Muito lindo mesmo.
Adoro todos os poemas que aqui colocas, e sabes escolher muito bem as imagens para condizerem
:)
beijinhuu
Sempre muito bom gosto, Ana :)
Amei Braga e o café Vienna tem uma magia muito própria... foi onde me senti mais perto de casa, mesmo que o mar fizesse muita falta por perto...
Jinhos
obrigado pela descoberta..
Não conhecia o Álvaro Feijó.
O poema é muito bonito e por essa razão fiquei muito satisfeito pela visita aqui ao teu blog...tambem, e muito, ao meu.
Bjs, Ana
Querida Ana,
Este é deveras lindo! Mas gostava de ler o outro. Pessoalmente, vejo beleza na tristeza.
Bjs
Muito bonito, mas o Adeus é sempre triste, a visão da ausência no futuro consome o nosso Amor...sempre.
Um beijo
Sempre foi o meu poema, as minhas palavras, de eleição.
Parabéns pelo gosto...
não deixa de ser nunca fascinante encontrar "um adeus de até já" do nosso navegante marco polo por aí ..
bacci *
Ah, esse poema é o meu preferido, é muito bonito.
Pena que não tenha nesse blog o 1º soneto, que quão bonito é.
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