sábado, janeiro 21, 2006

Amo o teu túmido candor de astro


Foto de Francisco Botelho aqui



Amo o teu túmido candor de astro
a tua pura integridade delicada
a tua permanente adolescência de segredo
a tua fragilidade sempre altiva

Por ti eu sou a leve segurança
de um peito que pulsa e canta a sua chama
que se levanta e inclina ao teu hábito de pássaro
ou à chuva das tuas pétalas de prata

Se guardo algum tesouro não o prendo
porque quero oferecer-te a paz de um sonho aberto
que dure e flua nas tuas veias lentas
e seja um perfume ou um beijo um suspiro solar

Ofereço-te esta frágil flor esta pedra de chuva
para que sintas a verde frescura
de um pomar de brancas cortesias
porque é por ti que nasço
porque amo o ouro vivo do teu rosto.


António Ramos Rosa

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

há um Mar nos olhos
de quem sabe

uma lágrima azul
sabendo a algas

aqui estou
sentado nesta Encosta
como se de uma escama me tratasse

ouvindo as rochas
sentindo o chão.


Excelente poema/imagem)

Beijinhos e muita ternura
mARio

11:09 da tarde  
Blogger A .Carlos said...

Olá Ana,
um belissimo poema, enquadrado por uma imagem também bela.
Parabéns pela escolha do post
:)

Bjs e um bom fim de semana

11:37 da tarde  
Blogger Morfeu said...

Sabes...por vezes sinto que toda a escrita que me envolve, a que escrevo, a que leio... é envolta em sombras...mas aqui... encontro uma frescura diferente nas palavras, Amor e encantamento...
Um beijinho e bom fim-de-semana

12:26 da tarde  
Blogger Amaral said...

Um poema profundamente fresco, uma oferta de amor à vida, onde cada verso é um hino.
"é por ti que nasço" ecoa com a força da poesia viva!

10:03 da tarde  
Blogger Heloisa B.P said...

*FLORES*, para SI*,
MINHA QUERIDA AMIGA*!
Beijinho.
Heloisa.
***********

11:20 da tarde  
Blogger Cristina said...

Olá Ana,
Adoro os poemas que colocas no teu cantinho, e este é mais um deles.
:)
beijinhu

11:19 da tarde  

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