domingo, janeiro 08, 2006

Em todas as ruas te encontro





Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco


Imagem e poema de Mário Cesariny

12 Comments:

Blogger Dóia Veloso said...

A vida é feita de encontros e desencontros...
Belo poema.
Beijocas

1:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Belíssimo retorno, poema maravilhoso, sensível e verdadeiro. Como sempre, um presente, Ana. Beijo.

7:41 da manhã  
Blogger Daniel Aladiah said...

Querida Ana
O encontro acontece quando o desejamos muito.
Um beijo
Daniel

9:30 da manhã  
Blogger Vênus said...

Olá Ana
Tbm adoro este poema!
Que bom ter-te de volta!
Beijão!

1:02 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

É com imenso prazer que constato a tua forma de salpicar esta encosta do mar... de letras, imagens e pessoas.

Belíssimo poema.

Beijinhos e muita ternura.

mARio

3:18 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

continuamente a contribuir para que não se esqueça a poesia...bjs

10:17 da tarde  
Blogger DT said...

Este poema fez-me lembrar o "Noites Brancas" de Dostoiévski (o livro).

Se nunca o leste, deixo-te a sugestão :)

Bjs

8:28 da manhã  
Blogger folhasdemim said...

Fabuloso!
Gostei do blog :)

Beijokas, Betty

4:22 da tarde  
Blogger lena said...

um belo poema de Cesariny

"onde um braço teu me procura"

"Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco"

e onde muitas vezes há o desencontro ...

beijinhos

lena

9:47 da tarde  
Blogger Alexandre said...

o paradoxo..

3:08 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Agradavel reler aqui este poema do Mário Cesariny.
"Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco".
Beijinhos.

1:48 da tarde  
Blogger lique said...

Contradições do amor num belo poema.
Beijinhos, Ana, e desculpa esta ausência.

5:35 da tarde  

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