Tu já me arrumaste
Foto de Judith Tomaz aqui
Tu já me arrumaste no armário dos restos
eu já te guardei na gaveta dos corpos perdidos
e das nossas memórias começamos a varrer
as pequenas gotas de felicidade
que já fomos.
Mas no tempo subjectivo
tu és ainda o meu relógio de vento
a minha máquina aceleradora de sangue
e por quanto tempo ainda
as minhas mãos serão para ti
o nocturno passeio do gato no telhado?
Isabel Meyrelles
9 Comments:
Olá Ana
Que bela imagem de um gato...
A poesia também é linda.
Há frases que me deixaram sensível demais:
Tu já me arrumaste no armário dos restos, eu já te guardei na gaveta dos corpos perdidos, e das nossas memórias começamos a varrer
as pequenas gotas de felicidade
que já fomos...!!!
Com toda a certeza que me entendes!
Beijokas, Amiga Ana.
Querida Ana
A liberdade nocturna do gato...
Um beijo
Daniel
Um poema exemplar no que respeita à diferença entre deixar uma pessoa racionalmente e fazer com que o corpo a esqueça.
Beijinhos, Ana e obrigada pelos parabéns
A pouco e pouco, a mente consciente afasta para longe momentos que foram de felicidade. Bem no fundo, na memória do nosso eu, elas permanecem, vivas e sãs, no baú do nosso subconsciente. Só o nosso ego esquece, arruma ou varre os momentos que se viveram...
adorei ler...amei o gato ..levei-o comigo...
jocas maradas
Vim me encantar e por a leitura em dia.
Gostei especialmente deste poema, que não conhecia.
Um beijo grande por ele.
De certeza que não estás a falar do gato. :)
Lindo...lindo..lindo!
Bom final se semana!
Um beijão!
Penso, ja' Lhe ter dito que tenho paixao por GATOS_FELINOS_!!!!!!
ESTE*, E' LINDO! E...o POEMA, tambem!
ABRACO IMENSO!
Heloisa.
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