No início,
eu queria um instante.
A flor.
Depois,
nem a eternidade me bastava.
E desejava a vertigem
do incêndio partilhado.
O fruto.
Agora,
quero apenas
o que havia antes de haver vida.
A semente.
Mia Couto
(in idades, cidades, divindades)
Poema que o Natal me trouxe. Obrigada, Alex.
.
10 Comments:
Acabei de ler há pouco tempo este livro do Mia Couto. Que me ofereci há um mês, mais ou menos......
Excelente.
Obrigada, Ana.
Beijos
Os únicos bens duráveis, imutáveis e sem preço, são o afecto e a solidariedade que se sentem pelas pessoas queridas...
Amiga Ana
Mia Couto - SEMPRE.
Obrigado.
Um abraço cheio de Esperança.
Da sabedoria que, às vezes, se ganha com a idade. Sempre as incontornáveis palavras poéticas de Mia.
A semente que dá a vida, a eternidade, o instante!...
Um poema simples e belo, como são todas as coisas simples...
nossa, esse eh daqueles simples, porem perfeitos. queria te-lo escrito. senti e apreendi cada palavra. esse eh pra ser degustado sempre. serio.
bjs
um poema lindíssimo.
Todas as coisas belas podem ser simples o contário talvez não...
Mia Couto, 2008 começa rico e belo. Um presente e tanto. Obrigado, Ana. (Estou de férias, logo retorno; agora de passagem). Beijo. E, ainda que atrasado, 2008 pleno de alegria e paz.
*
as sementes,
de,
mia couto,
que bom seria,
se as fizesse-mos germinar,
,
xi
*
Linda prenda Ana. Que mereces minha querida amiga. Pudera eu, ou soubera eu e escreveria poemas para ti. mas não sei.
Beijitos
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