Como posso eu amar-te...
Magritte
Como posso eu amar-te, se nem sei
como à porta te chamam os vizinhos,
nem visitei a rua onde nasceste,
nem a tua memória confessei.
Que vaga rima me permite agora
desenhar-te de rosto e corpo inteiro
se só na tua pele é verdadeiro
o lume que na língua se demora...
Não deixes que se enganem os recados
na infernal gazeta publicados
que te dão já por escultura minha;
nocturno frankenstein, em vão soprei
trompas de criação, e foste tu
quem me criou a mim quando quiseste.
António Franco Alexandre
(in Duende)
.
Como posso eu amar-te, se nem sei
como à porta te chamam os vizinhos,
nem visitei a rua onde nasceste,
nem a tua memória confessei.
Que vaga rima me permite agora
desenhar-te de rosto e corpo inteiro
se só na tua pele é verdadeiro
o lume que na língua se demora...
Não deixes que se enganem os recados
na infernal gazeta publicados
que te dão já por escultura minha;
nocturno frankenstein, em vão soprei
trompas de criação, e foste tu
quem me criou a mim quando quiseste.
António Franco Alexandre
(in Duende)
.
14 Comments:
Não conhecia....
Obrigada, Ana.
Beijo
Gosto muito de António Franco Alexandre. Um poema lindíssimo de um poeta que conheci pessoalmente.
Quanto a ti, que tão bem divulgas a poesia, deixo-te beijinhos mil.
Tem um bom dia!
Imagem e poema à altura da tua escolha.
Porque a tua sensibilidade te permite saber escolher, partilho contigo este momento.
"...se só na tua pele é verdadeiro
o lume que na língua se demora..."
Magritte e Franco Alexandre - será preciso mais?
que belo poema de amor!
o amor que vem da alma...
continuas a divulgar boa poesia, Ana.
*
Não deixes que se enganem os recados !!!
*
xi
*
Olá, venho desejar uma boa semana e repassar a
CAMPANHA, SOU SEU FÃ!!!
´´´´´´´´´´´¶
´´´´´´´´´´¶¶
´´´´´´´´´¶¶¶
¶¶¶´´´´´¶¶´¶
´¶¶¶¶¶¶¶¶´´¶
´´´¶¶´´´´´´¶¶¶¶¶¶¶¶¶
´´´´´¶¶´Fô¶¶¶¶
´´´´¶¶´´´´´¶¶¶
´´´¶¶´¶¶¶¶´´¶
´´¶¶¶¶¶´´¶¶´¶´
´¶¶´´´´´´´´¶¶¶´
Você já ganhou a sua, agora vou
ver se ganho a Minha Também. Passe para seus AMIGOS,
e ganhe mais Estrelinhas também.
beijinho mágico e tem uma boa semana
pura poesia e escrita da alma, a que percorre todas as veias. belíssimo. obrigado por apresentar esse magnífico poeta, António Franco Alexandre. Beijos, Ana.
Tenho o livro e creio que a obra reunida, e é o meu poeta português preferido, da vaga que chegou depois de Ruy Belo. Hoje o poeta está internado, afectado psicologicamente pela morte do filho. Conheci-o também, mas por razões diversas da poesia. É um belo poema.
julgava já ter deixado o meu sim...mas enganei-me...ou desapareceu como o vento...:)
Claro que pode,,,com o meu nome também. Ana, fico grata,e pela sua sensibilidade nesta sua Casa de Alma.
***maat
por vezes não existimos quando criamos o outro no vazio das horas perdidas em nós. Por vezes simplesmente nos acompanhamos, para não ficarmos sós.
...só encontro uma palavra:
bouleversement.
Belo poema sobre os mistérios infinitos do amor!
Escolhido com muita sensibilidade, como tu sabes.
Beijinho
gosto à brava do franco alexandre e este poema é bravo
Enviar um comentário
<< Home