Uma troca simples de mãos para que a melodia vingue
Uma troca simples de mãos para que a melodia vingue
no andamento em que nos reconhecemos.
Uma fracção de tempo, um disparo
para que se entreteçam as pedras, os blocos de fogo.
Hoje disponho o mar ante os teus olhos, a tempestade,
a crueza sistemática das coisas, essa chuva que arde
neste efémero instante
que corta a costa, a barra, o farol.
De onde venho? Correspondo a que uivo
nesta solidão entre o abismo e coisa nenhuma?
Amadeu Baptista
Depois de uns dias em que a tempestade rugiu, volto à encosta esperando que a melodia vingue.
.
14 Comments:
Excelente poema, belíssima foto...
... e eu acredito que a melodia vai vingar...
Beijinhos
Belo regresso!
Aqui estás de novo! :))
*
entre o abismo
e
coisa nenhuma,
não há farol que nos guie,
,
conchinhas
,
*
Só pode vingar... mesmo.
Beijos
Vai vingar a tua melodia!!!
Porque não havia de vingar, com essa encosta sempre alerta e bem disposta?...
Um poema que fala do uivo ou da solidão ou do abismo ou de outra coisa - enriquece a encosta, tal como a poesia mais alegre que o poeta inventou...
A tempestade foi-se... veio a bonança, tal como sempre sucede!...
Fiquei muito feliz por ter lido meu blog ,vou esperar novas visitas.Aguém que posta coisas tão belas quanto você tem que ser muito especial.Poema lindo,e foto belíssima.Beijos ,bom dia.
Certamente que sim...
...gostei muitoooo...
naõ conhecia Amadeu baptista. gostei muito do poema!
De onde venho?
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_E para onde vamos?... A incógnita, consequência de se ter nascido.
Fica bem.
Felicidades.
Manuel
seguir hoje
o vento
:a remar o mar
e a norte
:sub levar o
corpo
múltiplo de excessos
a ba lan çar ~
vingou: estou a ouvi-la no farol!
.beijO
lobriga-se no farol. vingou.
beijo
Vingará, com certeza, como todas as Primaveras. Fresca, suave, perfumada.
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