sexta-feira, junho 20, 2008

Depois das queimadas as chuvas



Depois das queimadas as chuvas
Fazem as plantas vir à tona
Labaredas vegetais e vulcânicas
Verdes como o fogo
Rapidamente descem em crateras concisas
E seiva
E derramam o perfume como lava.

E se quiséssemos queimar animais de grande porte
Eles não regressariam. Mas a morte
Das plantas é a sua infância
Nova. Os caules levantam-se
Cheios de crias recentes.

Também os corações dos homens ardem
Bebem vinho, leite e água e não apagam
O amor.



Daniel Faria

(poema encontrado aqui )


.

15 Comments:

Blogger tulipa said...

Na escolha da tua poesia diz:

...bebem vinho...

será para acompanhar um petisco?

O que eu tenho para oferecer é uma visita virtual aos glaciares, se estiveres interessado, vem comigo.

Ou então, uma sugestão bem mais perto: que tal uma visita à Rota das Tabernas?
Huuummmmm, que cheirinho a jaquinzinhos fritos.

Bom fim de semana.
Abracinhos.

3:15 da manhã  
Blogger Maria said...

Belíssimo poema, Ana!
Nem tenho palavras para comentar, encheu-me o peito...

Beijos

3:25 da manhã  
Blogger lupuscanissignatus said...

sublime

fogo

o que

re

nasce

na pele



Obrigado.

12:12 da tarde  
Blogger Dois Rios said...

E a vida se repete. Queima, chove, queima de novo... e havemos, como as plantas, de resistir as intempéries para que possamos brotar de novo.
Bj.

2:40 da tarde  
Blogger Odilon said...

O mistério dos corações dos homens. Para a instalação do amor é imprescindível a queima da paixão.

Bom fim de semana.

Beijos

2:30 da manhã  
Blogger Otávio said...

Muito bonito. Para mim a imagem do fogo é ao mesmo tempo cativante e angustiante.

Beijos.

2:49 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

parabéns pela escolha, muito bonito.

3:16 da tarde  
Blogger Adriana said...

amor,amor,quantas formas de se mostrar aos corações...

4:14 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Que maravilha, parabéns

Bjitos

5:25 da tarde  
Blogger Maré Viva said...

Depois das queimadas, as chuvas...e a vida brota da terra...
Mas nada mata o amor, quando ele sobrevive às queimadas!

Obrigada pela visita e desculpa a demora em retribuir-ta, mas o meu computador não sobreviveu a uma "queimada" e neste momento estou com um emprestado, que bom é ter amigos...

Beijinho amigo, com votos de bom fim de semana.

8:42 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Maravilhoso o ciclo da vida,
Uma constante rotação,
A natureza é nossa amiga,
É de todas, a mais bela oração.

Tudo se transforma sem se perder,
Desde o nascer até ao sol se pôr,
A amizade tudo faz renascer,
Se aliada ao verdadeiro amor.

Há males que vêm por bem,
A queimada, a todos convem,
Sendo sempre bem vigiada.

A renascença será perfeita,
Nas entrenhas de uma mãe perfeita,
Que é a terra sempre muito amada.

Dora coimbra,

É simplesmente bonito, esse poema, parabéns.

http://coimbra.romandie.com
http://molelos.coimbra.com

10:36 da tarde  
Blogger Luna said...

Poema que nos faz meditar sobre a vida
beijinhos

11:33 da tarde  
Blogger Evasões said...

"também os corações dos homens ardem..." Se ardem! E não há água que apague esse " amor que é fogo que arde sem se ver...".

Gostei do teu blog.

Bjos

10:50 da manhã  
Blogger Isamar said...

Mais um poema, muito bonito, que nos faz reflectir sobre a vida. As plantas renascem depois das queimadas porque estão ligadas à terra-mãe e as suas raízes permanecem no seu seio.Entre uma e outras existe uma ligação tão profunda que não há fogo que a corte.

Beijinhos mil, amiga...do mar.

8:13 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

a vida e sua manifestações nesse poema rico e bonito. aqui, Ana, mergulho em cada escrita, formando um belo e insesquecível livro. beijo e felicidade.

3:53 da tarde  

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