domingo, maio 28, 2006

As noites


Imagem daqui


Nas noites insones temos ocos aparelhos
Para passar de novo os velhos filmes
Nas paredes brancas da cabeça.

Mas há sempre uma bobina que se troca
Uma fada perdida numa cena muda
Um silêncio que dói numa cascata.

A matéria eterna geme sem controlo
O caos vocabular não se detém
A boca mal respira o próprio eco.

Lá fora estão os nomes e nós no grito
Da extensa narrração dos seus sinais
Fermentando fiéis mais infinito.


Armando Silva Carvalho

9 Comments:

Blogger DE-PROPOSITO said...

E por aqui andei. Gostei, vou voltar. Existe muitas coisas belas.
Fica bem.
Manuel

12:19 da tarde  
Blogger Isa e Luis said...

Olá,

deleito-me com palavras sentidas e profundas.

Uma semana repleta de sorrisos


Beijinhos

Isa

5:52 da tarde  
Blogger lique said...

O universo quase onírico das noites insones. Um belo poema.
Beijinhos

8:54 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

mais uma vez gostei bastante.

9:44 da tarde  
Blogger Licínia Quitério said...

Obrigada pela tua visita. Não conhecia este teu cantinho. Estou a sentir-me bem cá dentro.
Beijinhos.
Licínia

9:35 da manhã  
Blogger Daniel Aladiah said...

Querida Ana
Noites estas em que faltam lágrimas por fora, que expressem este sentir angustiado... sinto-as escorrendo por dentro, sem me lavarem a alma...
Um beijo
Daniel

1:18 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Olá Ana. Depois de um descanso no Alem Tejo, regresso e sabe bem (sempre) houvir a tuas palavras.Agradeço a passagem.
Mas, não sigas as minhas interrogações....segue as tuas!
Bjs

1:36 da tarde  
Blogger Lmatta said...

Lindo poema
gostei
beijocas

11:38 da tarde  
Blogger alice said...

bom dia, ana

gostei muito, muito do seu comentário no blog da licínia...

porque deve lembrar-se de mim do anterior blog e fez um jogo de palavras que me enterneceu

um grande beijinho para si

bem haja

alice

11:24 da manhã  

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