quarta-feira, julho 26, 2006

Pernoitas em mim







pernoitas em mim
e se por acaso te toco a memória... amas
ou finges morrer

pressinto o aroma luminoso dos fogos
escuto o rumor da terra molhada
a fala queimada das estrelas

é noite ainda
o corpo ausente instala-se vagarosamente
envelheço com a nómada solidão das aves

já não possuo a brancura oculta das palavras
e nenhum lume irrompe para beberes



Al Berto

9 Comments:

Blogger Heloisa B.P said...

Gosto tambem MUITO deste POETA, querida ANA! E, faz ja' algum tempo que nao posso ter o prazer de O ler (NEM ELE, NEM OUTROS* ...)!
Trago-Lho UM ABRACO com todo o meu coracao, aproveitando estes escassos minutos em que posso acessar a NET!
escrevi-Lhe, espero tenha ja' recebido!
A IMAGEM MUITO BELA, tambem!
Sua, Heloisa.
***************

12:50 da tarde  
Blogger hfm said...

Al Berto sempre!

6:28 da tarde  
Blogger A. Pinto Correia said...

Adorei a tua escolha...
Beijinhos minha querida amiga

9:26 da tarde  
Blogger DE-PROPOSITO said...

Andei por aqui e tentei perceber a bracura oculta das palavras. É que pela palavra amamos, pela palavra odiamos.
Fica bem.
Um beijinho para ti.
Manuel

9:43 da tarde  
Blogger Kalinka said...

ANA MINHA QUERIDA
Força Amiga...
é fácil dizer, não é?
Pois, mas há momentos na Vida que não sabemos onde ir buscar essas forças, espero que tudo corra bem.

AL BERTO parece que escrevia sobre África, lá é que eu sentia e escutava rumores da terra molhada!
Beijo com carinho.

2:10 da manhã  
Blogger Lmatta said...

Lndo poema
bela escolha
belo conjunto gostei
beijos

11:44 da manhã  
Blogger Maria Azenha said...

Al Berto ,um poeta que não morre.
Belo ,belo, belo.


Bjs,
***maat

9:24 da tarde  
Blogger Guilherme F. said...

e ao anoitecer adquires nome de ilha ou de vulcão
deixas viver sobre a pele uma criança de lume
e na fria lava da noite ensinas ao corpo
a paciência o amor o abandono das palavras
o silêncio
e a dificil arte da melancolia.
Al Berto

Também é dos meus preferidos.
Bjs

6:37 da tarde  
Blogger i said...

Al Berto, grande poeta! Uma delícia lê-lo!

9:56 da tarde  

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