Nesta última tarde em que respiro
Foto de Leiluka aqui
Nesta última tarde em que respiro
A justa luz que nasce das palavras
E no largo horizonte se dissipa
Quantos segredos únicos, precisos,
E que altiva promessa fica ardendo
Na ausência interminável do teu rosto.
Pois não posso dizer sequer que te amei nunca
Senão em cada gesto e pensamento
E dentro destes vagos vãos poemas;
E já todos me ensinam em linguagem simples
Que somos mera fábula, obscuramente
Inventada na rima de um qualquer
Cantor sem voz batendo o teclado;
Desta falta de tempo, sorte , e jeito,
Se faz noutro futuro o nosso encontro.
António Franco Alexandre
8 Comments:
A janela para o mistério que se abre. Para onde? Perguntamos cada dia. Carregamos as pedras da vida. O mar traz o repouso do dia.
Bjs
Beloooooooooooooooooooo!
Querida Ana
Escolhas que são estados de alma...
Um beijo
Daniel
bela escolha
gostei
beijos
Escolho muito apropriada! gostei imenso!
E digo.. "Grande Obrigado pelas vossas palavras.Ficaram gravados num cantinho especial" Bjs
Óla Ana...
Achei muito interessante esta frase:
(cantor sem voz batendo o teclado)ou seja , algo de impotente , o não ter voz , para uma saida extraórdinaria ,um desabafo de raiva...
Beijinho , gostei muito.
'Pois não posso dizer sequer que te amei nunca'.
Se não pode dizer é porque possívelmente amou. As palavras têm destas coisas.
Fica bem.
Manuel
Enviar um comentário
<< Home