quarta-feira, janeiro 03, 2007

As areias das praias

Foto de João Pedro aqui



Desenha, sobre um mapa onde as ilhas possam flutuar
e as brancas penínsulas se abandonem às aves,
a incerteza do maior amor ou a tranquila

oscilação dos barcos nas enseadas onde o Inverno
pode adormecer. Na solidão, na noite, não demores
o tempo entre os anéis, os dedos tocam sempre
esses despojos de antigas navegações.

Por isso, nas horas tranquilas , entre as falésias,
dedico-me a essa ocupação de recolher o que as marés
trazem às praias, como se fosse ao coração.


Francisco José Viegas

.

12 Comments:

Blogger Maria said...

Que poema lindo escolheste, Ana.
A fotografia é uma beleza - onde fica a praia de s. julião?

Fica bem

1:34 da manhã  
Blogger Maria Romeiras said...

Perfeita a conjugação entre imagem e palavras de sonho. De (a)mar se fala em doçura.

8:21 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Volto para te ler. Só isso.
bj
Gui

10:48 da manhã  
Blogger Amaral said...

Bonito poema que mistura intimamente formas e emoções...

8:32 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Passei para ver como ia o Ano Novo, e com agrado constato que a qualidade é a de sempre, igual ao ano anterior, sendo imprescindível vir aqui. Resta desejar Bom Ano e óptima semana, e já agora, faça o favor de ser feliz.

10:01 da tarde  
Blogger Flor de Tília said...

...e e tão bom recolher o que as marés trazem às praias! Esses bocadinhos de amor que o estio teceu à beira-mar são fabulosos! As músicas das marés e o cheiro a maresia chegam-me ao corpo como suaves carícias desse tempo que o Verão me levou...
Beijinhos

6:43 da tarde  
Blogger Kalinka said...

Francisco José Viegas com certeza é um privilegiado como TU - porque viver em frente ao mar não é para todos;
Tudo podes observar - a oscilação dos barcos nas enseadas; os despojos de antigas navegações.
Por isso, nas horas tranquilas , entre as falésias,
dedicas-te a essa ocupação de recolher o que as marés
trazem às praias, como se fosse ao coração.
Ah...que maravilha!!!
Adorei. Bela escolha.
Beijokas.

11:10 da manhã  
Blogger Conceição Paulino said...

entre dunas, na encosta de uma, dei«tada debaixo desta chuva mansa, ouço o longínquo e abafado bramir do mar revolto e cheiro o maravilhoso odor da vegetaão ao redor. Só aqui o posso fazer em pleno qnd não estou no meu quinhão de mar alentejanando. Bjs amiga.
Luz e paz ao teu redor

2:07 da tarde  
Blogger Daniel Aladiah said...

Por praias jamais pisadas, por corações jamais abertos...
Um beijo
Daniel

2:12 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

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