Com o silêncio do punhal num peito
Foto de Carlos Sousa aqui
Com o silêncio do punhal num peito,
O silêncio do sangue a converter
Em fio breve o coração desfeito
Que nas pedras acaba de morrer,
Vive em mim o teu nome, tão perfeito
Que mais ninguém o pode conhecer!
É a morte que vivo e não aceito;
É a vida que espero não perder.
Viver a vida e não viver a morte;
Procurar noutros olhos a medida,
Vencer o tempo, dominar a sorte,
Atraiçoar a morte com a vida!
Depois morrer de coração aberto
E no sangue o teu nome já liberto...
Alexandre O'Neill
.
Com o silêncio do punhal num peito,
O silêncio do sangue a converter
Em fio breve o coração desfeito
Que nas pedras acaba de morrer,
Vive em mim o teu nome, tão perfeito
Que mais ninguém o pode conhecer!
É a morte que vivo e não aceito;
É a vida que espero não perder.
Viver a vida e não viver a morte;
Procurar noutros olhos a medida,
Vencer o tempo, dominar a sorte,
Atraiçoar a morte com a vida!
Depois morrer de coração aberto
E no sangue o teu nome já liberto...
Alexandre O'Neill
.
10 Comments:
Um poeta que muito admiro. Um poema fabuloso. Uma imagem que me transporta para os meus locais de sonho.
" Viver a vida e não viver a morte"
Vivamo-la, à vida, com amizade, com alegria, com a solidariedade necessárias para festejar cada momento que partilhamos com os outros.
Contigo partilho momentos muito bons, Ana. Esta encosta que tem por vista o mar, tem tudo a ver comigo.
Que dala desça uma maré de beijos para ti. Com o sabor da maresia.
Beijinhos
Olá Ana
Muito obrigado pelas visitas de hoje e pela escolha deste poema.
Hoje para mim o dia foi muito bom, passei no sétimo e encontrei a minha médica por acaso e as notícias foram mais do que óptimas!
Logo conto.
Um abraço grande
O Poeta!...
"Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro."
...e os belos sons que deixou...
Nessa encosta nasceste flor
a meu olhar!
Assim te vi, de amor vestida
a florir e a amar
Rompendo do chão cheia de vida!
Um terno beijo!
o fio da vida no gume das palavras...
um abraço
beijinhos embrulhados em abraços.
do lado do coração.
O'Neill e esta imagem - pacificando-me.
*
O amor é o amor - e depois?!
Vamos ficar os dois
a imaginar, a imaginar?..
,
in) alexandre Ó'Neill
,
mil gaivotas de O'Neill
*
um doce e feliz fim de semana
magnífico poema.
Gosto muito dos poetas "irlandeses".
Estou passenado por aqui e gostando muito.
Obrigada por sua gentileza.
beijos, bom final de semana.
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