Raio de Sol na ombreira da porta,
na trave da cadeira, vindo da gelosia,
peço-te para amanhã voltares
mais arqueado pela esfericidade da terra,
um raio não decididamente recto
cravado no meu tórax côncavo,
mas no meu coração curvo como um globo.
Fiama Hasse Pais Brandão
(in As Fábulas)
.
10 Comments:
Bom trazeres aqui a Fiama, tão pouco vista....
A fotografia é fantástica.
Beijinho
Gosto muito da poesia da Fiama ainda que pouco divulgada. E é lamentável!Fico satisfeita que o tenhas feito.
Beijinhos com muita amizade.
Não consegui comentar através do meu blog.
Tem uma boa noite!
Regresso, para degustar as palavras.Agradeço as tuas.
Bj
Gui
Ps.o problema no Perfil Blospot está resolvido!
E vale sempre a pena passar pela encosta. Avisto o mar com a poesia que me delicia.
Obrigada, doce amiga.
Beijinhos
harmonia e densidade nessa bela conjugação da palavra escrita com a imagem. poesia forte, rica e maravilhosa. não conhecia Fiama, passo a admirá-la. obrigado, Ana. Beijos.
Que beleza este "coração curvo como um globo".
*
sigo o sol,
no curvo volteio,
em cavado ocaso
,
bji
*
Pouco vista, pouco lida.. mas poesia segura, na sua originalidade...
Bem a imagem está fantástica. Por outro lado acrescentas-lhe mais-valia com poesia quase desconhecida. (Não o é toda a poesia, salvo os "eleitos" do costume?)
Beijos
gosto do poema, original este apelo ao sol (e a imagem... bela e muito bem escolhida)
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