segunda-feira, novembro 05, 2007

um vento leve, uma espuma

Foto de Sophie Thouvenin


Do beijo fica um sabor,
do sabor uma lembrança,
um vento leve, uma espuma.

Do beijo fica um sereno
olhar, o amor de coisas
minúsculas e humildes,
um pássaro que vai e vem
da nossa boca às palavras.
Do beijo fica, suprema,
a descoberta da morte.
Um vento leve, uma espuma
salgada , à flor dos lábios.



Fernando Assis Pacheco
(in A Musa Irregular)


.

15 Comments:

Blogger Tiago Nené said...

Ola Ana;)

colega do Lirismo (assino como velasquez)


gostava que colaborasses neste grande blogue colectivo:

www.bloguedasartes.blogspot.com

le os estatutos.

saberás o que fazer.

ate ja;)

3:47 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

do beijo ficam a pele e sua alma se entranhando, eterno no momento, e terno na memória. do beijo, o encontro e a vida. belo, Ana. e estar aqui é ser. beijo.

12:50 da tarde  
Blogger hfm said...

Há tanto tempo que o não lia. Obrigada por esta partilha, uma das grandes mais valias da Internet.

9:29 da tarde  
Blogger poetaeusou . . . said...

*
Há dias em que a tua nudez
é como um barco subitamente entrado pela barra.
Como um temporal.
Ou comocertas palavras
ainda não inventadas,
certas posições na guitarra
que o tocador não conhecia.
,
in-fernando assis pacheco
*
xi
*

9:51 da tarde  
Blogger Carminda Pinho said...

Lindo e, para mim desconhecido este poema do Fernando Assis Pacheco.
Tão esquecido que tem sido de todos,ainda bem que o trouxeste aqui.

Beijinhos

1:49 da manhã  
Blogger Maria said...

Do beijo fica o sabor, sem dúvida.....
Obrigada por colocares aqui Fernando Assis Pacheco, tão esquecido...

Boa semana, Ana
Beijinhos

2:11 da manhã  
Blogger Branca said...

Intraduzível, só interiorizando as palavras, que nos fazem senti-lo, o beijo.O poeta teve essa capacidade de nos trazer ao de cima os sentimentos. Genial: "Um vento leve, uma espuma salgada, à flôr dos lábios."

2:49 da manhã  
Blogger Branca said...

Desculpa, entusiasmada com o poema e já a cair de sono e com vontade de ainda ir visitar o Salvador, esqueci-me de te desejar uma boa noite e deixar um beijinho.

2:51 da manhã  
Blogger Isamar said...

Este teu canto de poesia e de mar é um encanto. Para os olhos e para o coração. Adorei o teu poema, doce Ana.
Ontem não consegui entrar na encosta.

Beijinhossssss

7:52 da manhã  
Blogger © Maria Manuel said...

que belo poema!

9:38 da manhã  
Blogger Amaral said...

Belo poema!
O que fica dum beijo cantado num murmúrio levado pelo vento...
Um sereno olhar falado de amor...
Excelente escolha!

11:08 da manhã  
Blogger Daniel Aladiah said...

Querida Ana
Do beijo também fica, muitas vezes, o sabor duma despedida...
Um beijo (não de despedida :))
Daniel

12:44 da tarde  
Blogger PostScriptum said...

Admiro as tuas escolhas. Admiro-te. respeito-te, gosto-te.
Beijos, Ana.

4:46 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Lindo poema!

Dum beijo ficam sabores e tanto mais...

Apetece-me divagar...

"Toquei suavemente a tua boca
deixei-me ficar assim
parada
quieta
respirando-te
simplesmente sentindo
pousada nos teus lábios
uma sensação louca
de não mais dizermos adeus..."

Um beijo, para ti, Ana.

9:06 da tarde  
Blogger Borboletta said...

Ana,


No beijo, repartimos sempre a nossa maior simplicidade.
Ou seja, o que temos de melhor!

(a)braços :)

9:59 da tarde  

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