sexta-feira, agosto 01, 2008

Acento






Vem dos montes friíssimos da Noruega
onde te sonhei para beberes estrelas
e caminhar a custo entre as cascatas
onde a ternura é um escadote
e o ar um caracol de planetas nas órbitas



António Maria Lisboa
(in Poesia de António Maria Lisboa - Assírio e Alvim)



A poesia perpetua até aqueles para quem a vida foi breve.
António Maria Lisboa nasceu a 1 de Agosto de 1928 e morreu com apenas 25 anos. Foi, com Mário Cesariny de Vasconcelos, um dos representantes e fundadores do surrealismo nacional.


.

16 Comments:

Blogger Dois Rios said...

Este comentário foi removido pelo autor.

2:13 da manhã  
Blogger ~pi said...

o que alguns dizem até aos 25 anos!!


maravilhoso...



~

2:25 da manhã  
Blogger Ynot Nosirrah said...

Seu blog é muito bom. Gostaria que também conhecesse o meu.

conscienciaacademica.blogspot.com.

3:25 da manhã  
Blogger Dois Rios said...

Querida Ana,

"onde te sonhei para beberes estrelas."

Poesia de um intenso, belo e poético amor. O que mais, se não uma ardorosa paixão para transformar as estrelas num néctar de puro amor?
---
Tenho um post programado para esses dias no qual consta a mesma imagem desse seu... vou tentar achar outra, mas caso não encontre, não estranhe a coincidência, ok?

Bejios meus,
Inês

3:55 da manhã  
Blogger poetaeusou . . . said...

mqnnnd*
ana
,
nunca consegui
descodificar este poema,
de antónio maria lisboa . . .
,
OGIVA-BORBOLETA
,
Arco-de-Cor caldo muito triste
Casulo de quem ninguém falou
Teia-de-Aranha exposta à loucura e ao tempo
Andorinha-Azul de chapéu mole e baratas na cama.
,
conchinhas coloridas, envio,
,
*

8:28 da manhã  
Blogger Xinha said...

Ana,

Lindo, lindo post !
Intensamente romantico ...
"onde te sonhei para beberes estrelas."

Vou de férias, mas queria antes deixar cá ficar uma grande beijoca e o meu muito obrigado pelas palavras carinhosas e apoio!!

Xi-coração

11:54 da manhã  
Blogger Elcio said...

passeando, passei por aqui.
gostei do q li.
bjs

11:36 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

ainda que tenha ido encontrar as estrelas aos 25 anos, deixou um legado de sensibilidade e beleza, que trazes aqui. comovente, Ana. beijo e o desejo de um feliz fim de semana para ti.

1:28 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Gostei do ceu estrelado e da poesia- apetece ficar!
bom fim de semana

2:28 da tarde  
Blogger Marinha de Allegue said...

Fermosa homenaxe...

Unha aperta.
:)

3:19 da tarde  
Blogger FERNANDINHA & POEMAS said...

Olá querida Ana, belíssimo poema... Bom fim de semana!
Beijinhos de carinho,
Fernandinha

8:51 da tarde  
Blogger espantaletras said...

E ainda bem que o foste despertar do Tempo e da memória...poesia surrealista recuperando o mundo da fantasia ao sabor doce dos sentimentos...

Que jóia de literatura.

:))

1:08 da manhã  
Blogger Isamar said...

Um poema de António Maria Lisboa de que gosto muito. Tenho o livro da Assíri e Alvim, quanto a mim uma das melhores editoras na publicação de poesia e tu uma das melhores bloguistas a difundir poesia.
Sonhada nos frios montes do norte,para beber estrelas e caminhar a custo entre cascatas...

A caminhada não parece fácil mas beber estrelas não deve ser mau. Os dois lados da vida.

Beijinhos

9:27 da manhã  
Blogger MARIPA said...

Obrigada pela sua visita e pelas palavras que me deixou.

E como é bom encontrar pessoas que amam e divulgam poesia...

Não conhecia este poeta...que pena ter-nos deixado tão novo...teria tanto para nos dizer!

Deixo-lhe um beijo carinhoso,sim?

12:04 da tarde  
Blogger hfm said...

Há quanto tempo não lia Antº Mª Lisboa, poeta que descobri na minha adolescência e que povoou o meu imaginário.

2:59 da tarde  
Blogger Porcelain said...

É no meio do frio que o calor parece mais quente... é quando caminhamos a custo que o almejado sabe mais doce... a ternura é um escadote... devíamos usá-la mais vezes, devíamos usá-la sempre, todos os dias...

9:38 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home