sábado, julho 19, 2008

Por amor



Escrevo para não te sentir só.
Tenho medo da tua presença
e a escrita é a flor sintética das palavras
que afagam a doença do amor.
Finjo que não é para ti que escrevo
quando escrevo;
finjo que não é para ti que vivo,
quando vivo.
Finjo e escrevo e vivo por amor.



Ana Rita Calmeiro
(in Luminária)
.


15 Comments:

Blogger Daniel Aladiah said...

Querida Ana
E haverá outro motivo para viver ou escrever?
Um beijo
Daniel

11:57 da tarde  
Blogger Carminda Pinho said...

Ana,
Por amor se faz o melhor, e o pior na vida.
Lindíssimo poema.
Beijos

4:48 da manhã  
Blogger Isamar said...

O amor, tema recorrente dos poetas. E há na vida coisa mais bela do que o amor. Às vezes desune, porque é cego, segundo dizem, mas encontra sempre o caminho certo para unir aqueles que a ele se entregam.

Beijinhos, querida Ana.

Tem um bom domingo!

10:14 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

por amor a vida faz sentido; por sentir, o sentido é a vida e vivê-lo é estar em transformação permanente. belíssimo poema. Beijo, Ana.

11:28 da manhã  
Blogger lena said...

Ana, esta encosta do mar, tem trazido até mim bela poesia

comecei a ler Ana Rita Calmeiro, quando lançou este livro. encantou-me a sua poesia. tão emotiva, e não é só de amor o seu livro. adorei ler " Luminária"

deixo-te mais um pouquinho de Ana Rita Calmeiro, do mesmo livro, para ficar nesta tua encosta sobre o mar que adoro:


Vivo sobre um fio de aranha esticado entre dois mundos paralelos.
Sou esse fio nesse lar de mentira passo os dias entre o presente e o futuro condicional do verbo maior de todos
O verbo que a morte não conjuga.
Eu conjugo.
O verbo que me quer fazer um filho sem pecado, de todos os meus filhos o mais amado.
O filho sonho.
Vivo este fio mentira caverna sombra esta lama esta luta esta lâmina aos pulsos da coragem tatuada.
Tudo por um grito em que me evada sem a dor que me resta em cada cicatriz.

Levo a minha fauna para a terra dos sonhos. Onde não se coma poesia não posso ser feliz.

Ana Rita Calmeiro

para ti um abraço carinhoso, por dares tanto a este cantinho, com aroma a mar e a poesia


consegui colocar a leitura em dia

beijinhos para ti Ana

lena

11:49 da manhã  
Blogger FERNANDINHA & POEMAS said...

Olá querida Ana, belíssimo poema!!!
Votos de um bom Domingo,
Fernandinha

12:11 da tarde  
Blogger poetaeusou . . . said...

*
eu não finjo
sofro por não fingir
porque fingindo ao escrever
não finjo no sofrer,
e se no amor finjo,
sofro por te querer,
e não te dizer,
que não finjo,
,
conchinhas amigas
,
*

3:17 da tarde  
Blogger Dois Rios said...

"a escrita é a flor sintética das palavras."

Nunca vi uma descrição tão precisa para a escrita. Maravilhoso!
Belo poema! Parabéns pela escolha.

Beijo.

7:24 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

e este é um bom motivo para se viver e escrever.

8:30 da tarde  
Blogger hfm said...

Que força a deste poema! Obrigada por o dares a conhecer.

11:15 da manhã  
Blogger ~pi said...

tão densamente simples:

:como

amar



~

6:58 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Simples e perfeito, parabéns

11:53 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Escrevo e vivo o amor, nada mais doce no mundo não há.
Belo poema.
Beijos @>--

12:36 da manhã  
Blogger Xinha said...

Ana,

O que é o amor, senão para vivermos e escrevermos por ele.. para ele ?? :)

Xi-coração

12:51 da tarde  
Blogger O'Sanji said...

Chegou a vez de eu te "roubar"!
Descaradamente... ;)
Beijo

1:53 da manhã  

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