quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Melodia


Foto de Ana Maria Russo
(www.1000imagens.com)


Este é o orvalho dos teus olhos.
Esta é a rosa dos teus vales.
O silêncio dos olhos está no silêncio das rosas.
Tu estás no meio,
entre a dor e o espanto da treva.
Arrancas-te ao mundo e és a perfumada
distância do mundo.
Chego sem saber, à beira dos séculos.
Despenho-me nos teus lagos quando para ti
canta o cisne mais triste.
O pólen esvoaça no meu peito, junto às tuas
nuvens.
Esta é a canção do teu amor.
Esta é a voz onde vive a tua canção.
As tuas lágrimas passam pela minha terra
a caminho do mar.



José Agostinho Baptista
(in Além-Mar)


.

12 Comments:

Blogger Mare Liberum said...

Não conhecia o autor. Gostei do poema e reli-o como sempre costumo fazer.

"As tuas lágrimas passam pela minha terra a caminho do mar."

Retive estes dois versos mas há mais muito bonitos. Gosto deste caminho...

Beijinhos! Muitos!

6:18 da manhã  
Blogger Amaral said...

Muito sentido este poema!
Uma autêntica melodia, uma canção de amor, perfumada de rosas, cantada pelo cisne triste...
Gostei!

10:57 da manhã  
Blogger © Maria Manuel said...

Que poema tão bonito e tão musical!

12:52 da tarde  
Blogger Isabel José António said...

Querida Amiga Ana,

Muito bonito e de imenso bom gosto este post e a escolha do poema.

Parabéns.

Um abraço

José António

1:30 da tarde  
Blogger pico minha ilha said...

O perfume das rosas embalada numa canção de mar e amor.
Obrigada amiga pela preocupação.
Beijinhos e bom carnaval.

3:32 da tarde  
Blogger Lmatta said...

lindo poema bela foto
beijos

4:32 da tarde  
Blogger delusions said...

Se não postei já pensei em postar este poema...

Adoro José Agostinho Baptista...!


Obrigada pela visita e pelo elogio :$


O que quer dizer "roubar com destinatário definido"? 8-)


Bjinho*

Sofia

6:23 da tarde  
Blogger ~pi said...

" my love is coming in a glass

the blood of the Bourbons..."




beijo






~

11:55 da manhã  
Blogger lupuscanissignatus said...

a

pronúncia

do

sal

1:08 da tarde  
Blogger . intemporal . said...

Venho conhecer este espaço.

Gostei particularmente do poema.

E prometo não voltar.

Mas permanecer.

Porque não se regressa ao local de onde não se chega a sair.

Um beijo.

7:08 da tarde  
Blogger Emanuel Azevedo said...

Trabalho muito bem elaborado. Os meus parabéns! Um forte abraço dos Açores.

11:07 da tarde  
Blogger De Amor e de Terra said...

Não conhecia este poema.
Gostei muito.MUITO mesmo.
Obrigada Ana!

Beijos

Maria Mamede

6:19 da tarde  

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