Do amor
Foto daqui
Esta vista de mar, solitariamente,
dói-me. Apenas dois mares,
dois sóis, duas luas
me dariam riso e bálsamo.
Arte na natureza pede
o amor em dois olhares.
Fiama Hasse Pais Brandão
(in As Fábulas)
.
Esta vista de mar, solitariamente,
dói-me. Apenas dois mares,
dois sóis, duas luas
me dariam riso e bálsamo.
Arte na natureza pede
o amor em dois olhares.
Fiama Hasse Pais Brandão
(in As Fábulas)
.
14 Comments:
Provavelmente os dois olhares vêem o mar de duas maneiras diferentes. Como o sol ou a lua.
Acredito que cada um de nós vê o mesmo mar diferente, conforme o amamos mais ou menos.
Um beijo
A Fiama!...
Que saudades eu tenho do tempo em que a Fiama, o Gastão, o Ruy Belo, a Luísa Neto Jorge, o Prado Coelho filho (mauzinho, como poeta) a Teresa Horta ou o Herberto (o visionário Herberto!) eram o futuro da Poesia em Portugal!...
E o Estêvão Sasportes, o Figueiredo Sobral, o Salazar Sampaio, o Prista Monteiro, a Fiama, outra vez, ou até (imagine-se!) o Artur Portela (filho) eram o do Teatro!
Eu lia-os excitado no velho "Letras e Artes" que custava "25 tostões" quando um jornal diário custava 8 (!) sempre em busca da última ousadia formal ou da mais recente "profanação" aos cânones!...
Era num tempo em que ainda se publicava entre nós Poesia e os supermercados vendiam arroz e fejão e não enormes "tijolos" coloridos, simulacros de literatura que se compram para ler (ou fingir ler) na praia...
Então, a pouca literatura com interesse entre nós desempenhava ainda, com o podia ou a deixavam, o seu papel social, outrora capital, de agitadora que hoje naturalmente perdeu porque, exactamente, ao contrário, aquilo que as elites nacionais pretendem hoje é muito mais (é, de facto!) um lugar no sistema de poder e não de fora onde pudessem questioná-lo operando como uma consciência crítica dele
Enfim... modos de estar na História!......
O amor requer olhos nos olhos... e a falta deles dói!
Um beijo carinhoso e com saudades!
Mais uma excelente escolha.
Beijinho, Ana
A sincronia da natureza
Faz de um todo
Completo,
Ainda que se pareça
Momentaneamente só
Este poema me lembra um pouco Hai kai,
Gosto desta leveza e a sutileza da dor humana.
Beijos e uma ótima semana a vc Ana.
Mas contemplar este mar, este sol e este céu, para mim já é um bálsamo, sou mais fácil de contentar...
Sempre belo, o teu espaço.
Beijinhos.
poema poderoso e belo. sensível, como és, Ana. beijo.
"Do amor"...do [a]mar...do mar.
Sempre a ternura na partilha das palavras,do poema.
Beijo,Ana.E o meu carinho.
Nesta estação de Outono relaxe e retempere forças!
As alterações climatéricas (quais…) temos tido verdadeiros dias de Verão… influenciam o estado da nossa saúde, ao nível das mais diversas doenças.
Bela a poesia escolhida para partilhares connosco.
Obrigado.
Nos meus blogues falo de cinema (uma comédia romântica)e faço um desafio. Será que posso ver o que vês da janela do teu quarto?
Eu mostro o que vejo, sinto uma paz tão doce.
Beijinhos.
. a.penas a voragem da dualidade latente .
. a.penas .
. um beijo abraçado .
*
dois olhares
o teu e o da Fiama,
,
brisas serenas, deixo,
,
*
É capaz... mas nesse caso esses dois tudo devem estar dentro de nós... pois a Natureza não pede nada que não esteja dentro de nós... :)
É verdade, mas o mar enamorou-se pelo sol ao nascer do dia. Quando este se foi deitar o mar não resistiu aos encantos da lua e... enamorou-se de novo. Só o sol e a lua não se assumem como amantes, em que a luz de um na outra penetra.
Estou a ler a "Obra breve".
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