Elegia em chamas
Foto de Diana Oliveira aqui
Arde no lar o fogo antigo
do amor irreparável
e de súbito surge-me o teu rosto
entre chamas e pranto, vulnerável:
Como se os sonhos outra vez morressem
no lume da lembrança
e fosse dos teus olhos sem esperança
que as minhas lágrimas corressem.
Carlos de Oliveira
(in Terra de Harmonia)
.
16 Comments:
Oi Ana,
Lindo é o amor, e eternas as suas lembraças.
Curto e justo, rico poema de Carlos Oliveira.
Um bj,
Edg
Como gosto dele!
O fogo do amor sentido e as lembranças do poeta num lindo poema.
Beijinho ,Ana.
Dor na lembrança
de um amor rompido
traz sempre a memória
um sorriso vivido
depois de um beijo profundo
e um olhar cativo
mas o tempo...
brinca comigo.
Bjinhos e uma semana cheia de flores de todas as cores e brilhante como lua cheia a vc Ana
Bonita escolha! Gostei!
Saudações poéticas.
Porto-Portugal
ZezinhoMota
O fogo que destroi,mas com tanta beleza...Lindo poetar
Beijoca
Lindo é o poema, eterno é o amor...enquanto dura.
Um beijinho.
*
Fogo
que alimenta
a esperança,
,
conchinhas eternas, deixo,
,
*
Um grande poeta, mas muitas vezes pouco lembrado...
Assim se elogia a poesia neste elegia...
Um beijo
Chris
HOJE faço uma homenagem à minha sobrinha Tânia do Bookcrossing, falecida em Março passado:
Minha querida, um “grande amigo” recente, também da blogosfera, mas já real, em Abril passado, já depois da tua partida para sempre da minha vida, fez o percurso “Caminhos de Santiago” ( conheceu-te através de mim, do meu sofrimento, da partilha de emoções) e, juntamente com os seus companheiros de caminhada rezaram por ti e fizeram uma oferta pela tua alma, deixando no local um símbolo e umas florzinhas do campo.
LINDO, não é?
Aqui estão duas imagens desse “momento”.
Faço-te homenagem nos meus dois blogues, neste "teu dia".
. rendido . curvo.me .
. 100 comentários .
. no re.dizer do tanto que é dito .
. perfeito .
. um beijo meu ,,,
. paulo .
"Como se os sonhos outra vez morressem..."
Quantas vezes terão de morrer os sonhos até que um floresça?
Sensível, intenso...
L.B.
Nada é irreparável, assim haja o desejo de se reparar seja o que for... a vulnerabilidade é um estado interessante que pode propiciar a aprendizagem (ou não); que o lume das lembranças traga novos sonhos e não mate os existentes... a esperança existe sempre, ainda que possa existir em pequenas proporções, já quem sem esperança a vida não seria possível; é-nos essencial, como o ar ou como a água. :)
Por que será que, sempre que falamos de "autores diáfanos" e mais "cristalinos", raramente nos ocorre o nome do 'enorme' 'ourives do texto' que foi Carlos de Oliveira?...
É injusto mas a Ana hoje recordou-no-lo aqui muito oportuna e, sobretudo, muito justamente...
Um grande beijinho à Ana, por isso!
Carlos
Ah! E a fotografia é extremamente impressiva e eficaz, também, justo é que se diga, ham?...
o desencanto do amor num belo poema de grande sonoridade.
um beijo, Ana!
Enviar um comentário
<< Home