terça-feira, outubro 06, 2009

Elegia em chamas

Foto de Diana Oliveira aqui


Arde no lar o fogo antigo
do amor irreparável
e de súbito surge-me o teu rosto
entre chamas e pranto, vulnerável:

Como se os sonhos outra vez morressem
no lume da lembrança
e fosse dos teus olhos sem esperança
que as minhas lágrimas corressem.



Carlos de Oliveira
(in Terra de Harmonia)

.

16 Comments:

Blogger Ed. G said...

Oi Ana,

Lindo é o amor, e eternas as suas lembraças.

Curto e justo, rico poema de Carlos Oliveira.


Um bj,
Edg

5:33 da tarde  
Blogger hfm said...

Como gosto dele!

8:35 da tarde  
Blogger MARIPA said...

O fogo do amor sentido e as lembranças do poeta num lindo poema.

Beijinho ,Ana.

11:50 da tarde  
Blogger Ana Echabe said...

Dor na lembrança
de um amor rompido
traz sempre a memória
um sorriso vivido
depois de um beijo profundo
e um olhar cativo
mas o tempo...
brinca comigo.

Bjinhos e uma semana cheia de flores de todas as cores e brilhante como lua cheia a vc Ana

11:19 da manhã  
Blogger Unknown said...

Bonita escolha! Gostei!

Saudações poéticas.

Porto-Portugal

ZezinhoMota

6:23 da tarde  
Anonymous cõllybry said...

O fogo que destroi,mas com tanta beleza...Lindo poetar

Beijoca

6:28 da tarde  
Blogger Maré Viva said...

Lindo é o poema, eterno é o amor...enquanto dura.

Um beijinho.

9:16 da tarde  
Blogger poetaeusou . . . said...

*
Fogo
que alimenta
a esperança,
,
conchinhas eternas, deixo,
,
*

9:46 da tarde  
Blogger Cristina Fernandes said...

Um grande poeta, mas muitas vezes pouco lembrado...
Assim se elogia a poesia neste elegia...
Um beijo
Chris

3:07 da manhã  
Blogger tulipa said...

HOJE faço uma homenagem à minha sobrinha Tânia do Bookcrossing, falecida em Março passado:

Minha querida, um “grande amigo” recente, também da blogosfera, mas já real, em Abril passado, já depois da tua partida para sempre da minha vida, fez o percurso “Caminhos de Santiago” ( conheceu-te através de mim, do meu sofrimento, da partilha de emoções) e, juntamente com os seus companheiros de caminhada rezaram por ti e fizeram uma oferta pela tua alma, deixando no local um símbolo e umas florzinhas do campo.
LINDO, não é?
Aqui estão duas imagens desse “momento”.
Faço-te homenagem nos meus dois blogues, neste "teu dia".

4:27 da tarde  
Blogger . intemporal . said...

. rendido . curvo.me .

. 100 comentários .

. no re.dizer do tanto que é dito .

. perfeito .

. um beijo meu ,,,

. paulo .

6:07 da tarde  
Blogger Lídia Borges said...

"Como se os sonhos outra vez morressem..."

Quantas vezes terão de morrer os sonhos até que um floresça?

Sensível, intenso...


L.B.

7:42 da tarde  
Blogger Spiritual said...

Nada é irreparável, assim haja o desejo de se reparar seja o que for... a vulnerabilidade é um estado interessante que pode propiciar a aprendizagem (ou não); que o lume das lembranças traga novos sonhos e não mate os existentes... a esperança existe sempre, ainda que possa existir em pequenas proporções, já quem sem esperança a vida não seria possível; é-nos essencial, como o ar ou como a água. :)

9:04 da tarde  
Blogger Carlos Machado Acabado said...

Por que será que, sempre que falamos de "autores diáfanos" e mais "cristalinos", raramente nos ocorre o nome do 'enorme' 'ourives do texto' que foi Carlos de Oliveira?...
É injusto mas a Ana hoje recordou-no-lo aqui muito oportuna e, sobretudo, muito justamente...
Um grande beijinho à Ana, por isso!

Carlos

10:43 da tarde  
Blogger Carlos Machado Acabado said...

Ah! E a fotografia é extremamente impressiva e eficaz, também, justo é que se diga, ham?...

10:44 da tarde  
Blogger © Maria Manuel said...

o desencanto do amor num belo poema de grande sonoridade.

um beijo, Ana!

11:53 da manhã  

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