sábado, janeiro 16, 2010

Cantiga para quem sonha

Foto de Alexandre Toresan aqui



Tu que tens dez reis de esperança e de amor
grita bem alto que queres viver.
Compra pão e vinho, mas rouba uma flor.
Tudo o que é belo não é de vender.
Não vendem ondas do mar
nem brisa ou estrelas, sol ou lua cheia.
Não vendem moças de amar
nem certas janelas em dunas de areia.

Canta, canta como uma ave ou um rio.
Dá o teu braço aos que querem sonhar.
Quem trouxer mãos livres ou um assobio
nem é preciso que saiba cantar.

Tu que crês num mundo maior e melhor
grita bem alto que o céu está aqui.
Tu que vês irmãos, só irmãos em redor,
crê que esse mundo começa por ti.
Traz uma viola , um poema,
um passo de dança, um sonho maduro.
Canta glosando este tema,
Em cada criança há um homem puro.

Canta, canta como uma ave ou um rio.
Dá o teu braço aos que querem sonhar.
Quem trouxer mãos livres ou um assobio
nem é preciso que saiba cantar.




Letra - Leonel Neves
Música - João Gomes
Canta - Luiz Goes




Foi Carlos Machado Acabado, autor do blog O Quisto Didactico , que me chamou a atenção para este belíssimo poema. Obrigada, Amigo !
Que pena não podermos ouvir aqui a magnífica voz de Luiz Goes !

.

11 Comments:

Blogger tulipa said...

Belíssimo poema.
Obrigado pela partilha.

No intuito de levar ao conhecimento de todos a minha paixão pela fotografia, bem como a intenção de continuar a expor em qualquer parte do País, venho divulgar e ao mesmo tempo, fazer o convite para a minha próxima exposição de fotografia intitulada: “Impressões de Viagem à Índia” cuja inauguração será no dia 19 de Janeiro, pelas 18h.
No meu blog está o convite, em nome do Sr. Presidente da Câmara Municipal da Moita.

Uma senhora que viveu muitos anos na Índia arranjou-nos uns saris para decoração e algumas peças. Especiarias, decoração com arroz e pétalas de rosa, incenso, velas da Índia, alguma comida e a música também. Eu mesma, nascida em Moçambique, habituada à gastronomia indiana bem como chinesa devido às comunidades desses povos que lá viviam, tenho uma senhora amiga que faz chamuças e da qual sou cliente há 20 anos, vou levar chamuças para ofertar a quem estiver presente no dia da inauguração. Fiz um trabalho em power-point, onde trabalhei 170 fotos da minha viagem, em formato jpg num CD que vão passar num LCD. Ou seja, muita inovação nesta próxima mostra dos meus trabalhos em fotografia.

Só digo, isto promete!!!
Beijinhos.

12:12 da manhã  
Blogger Maria said...

Acreditas em coincidências?
Às 00.01 saiu um post com duas cantigas do Luiz Goes... porque ontem cantei muito Zeca e lembrei-me deles todos...

Beijos, Ana
(e saio daqui a cantar esta. Tens a certeza de que não está no youtube? vou ver)

1:54 da manhã  
Blogger Maria said...

Não encontrei esta balada. Mas perdi-me por lá... ouvindo os nossos e Patxi Andión!

Outro beijo, Ana

2:31 da manhã  
Blogger Mare Liberum said...

Um poema lindíssimo que já conhecia e que tu fizeste o favor de mo recordar num dia cinzento como o de hoje. Bem-hajas, amiga!

Beijinhos

9:46 da manhã  
Blogger A.S. said...

Querida Ana...

Senti algo que me fez reviver um tempo de noites, baladas, amor, liberdade... e poesia!!!


Beijossss
AL

2:23 da tarde  
Blogger Vento Nocturno said...

O abraço puro das palavras feito num poema... Beijo.

9:23 da manhã  
Blogger hfm said...

Uma canção que nunca me saiu do ouvido. Belíssimo sobretudo para quem, como eu, tendo uma má voz, encontra as mãos livres e um assobio nem é preciso que saiba cantar!

Obrigada por me teres feito regressar a um passado.

4:01 da tarde  
Blogger ~pi said...

nada sei do sonho

o poema é belo,

porém,





beijo.abraço





~

5:20 da tarde  
Blogger Maré Viva said...

Pois é...
"Canta, canta como uma ave ou um rio.
Dá o teu braço aos que querem sonhar.
Quem trouxer mãos livres ou um assobio
nem é preciso que saiba cantar."

Mais palavras para quê?

Um abraço.

8:56 da tarde  
Blogger vieira calado said...

Olá, amiga!

Com surpresa e alegria aqui vejo
um poema do Leonel Neves,
meu grande amigo,
e ainda por cima...
meu primo!

Não conhecia o poema.
Vou enviá-lo à Ana Maria, sua filha.

A si vou enviar por formato jpeg
um poema seu (excerto)
saído em Natural do Algarve, 2ª ed. da Universidade do Algarve.

Beijinho.

9:48 da tarde  
Blogger Manuela Freitas said...

Olá,
Obrigada pela tua visita ao meu blogue, que venho retribuir.
Gosto do teu blogue que sintoniza bastante com aquilo que gosto.
Conhecia esta poesia, cantada claro, mas há muito tempo que não a ouça. Sinto uma grande nostalgia pelo tempo em que esta e outras canções no género, eram ouvidas, muito boa música foi feita.
Bjs,
Manuela

10:55 da tarde  

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