quarta-feira, julho 13, 2005

Cheguei há pouco do amor


Foto de Valter Ferreira aqui



cheguei há pouco do amor ( cidade de gaivotas loucas
e luzes cegas). não concordas? eu sei já sei: vês as coisas
como falésias altas e impossíveis como ameias. cheguei há
pouco do amor e trago comigo esse discurso aprendiz:

o idealismo. desculpe mas o que pensa destas palavras
do recomeço (desse caminho) dóceis letras da promessa?
perdão perdão: há que ganhar o outro lado (uma
chama de cada vez). se bem me lembro em pequeno

as cigarras podiam ser domesticadas e cada adeus era
um veneno. obrigado. obrigado. também me pareceu
ser essa a sua opinião, cheguei há pouco do amor e

vejo as certezas do mundo como uma ilusão. receio
pelo eterno procuro a fantasia mas é sempre no
ventre dessas gaivotas que se dão os primeiros beijos



João Luís Barreto Guimarães

3 Comments:

Blogger Dilbert said...

Oi Ana,
A foto é linda e não conhecia nada de "João Luís Barreto Guimarães"... gostei imenso.
Já li, reli, voltei a ler... vou ter de ler novamente mais à noitinha... cada vez que leio visualizo um cenário diferente... é intenso...
Beijinhos e até já...

9:44 da manhã  
Blogger Vênus said...

Ana,
Só alguém muito especial para escolher um poema assim...é belísssimo!
Beijo!:)

12:28 da tarde  
Blogger Kalinka said...

Oh ANA

nem consigo encontrar palavras para descrever o que senti ao ler esta poesia...
o começo está ESPECTACULAR:
«...cheguei há pouco do amor...»
esta frase tem o dom de me fazer sonhar acordada...nunca tinha ouvido tal expressão, mas está o máximo!!!
Depois, volta com aquilo que lhe disse k mais gosto...
(...gaivotas loucas).
E TERMINA...DUMA FORMA APAIXONANTE
vejo as certezas do mundo como uma ilusão. receio pelo eterno procuro a fantasia mas é sempre no
ventre dessas gaivotas que se dão os primeiros beijos...
LINDO...CHEIO DE ROMANTISMO.
PARABÉNS. Fez uma óptima escolha.
Boa noite.

12:51 da manhã  

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