Deixa-me dormir
Foto de Luis Lobo Henriques aqui
Deixa-me dormir
quando
morre a noite.
Assim o amor
será absoluto
sacrifício
impassível sangue
árido prazer.
Deixa-me dormir
quando
morre a noite.
Assim o amor
guardará
uma grega ilusão
de sonho
e embriaguez.
Deixa-me dormir
quando
morre a noite.
Assim o amor
terá merecido
a dor, veloz,
insustentável
e imoderada.
Deixa-me dormir
quando
morre a noite.
Assim o amor
dir-nos-á
sois abandonados
cristos
na boca de deus.
Ana Marques Gastão
4 Comments:
Delicioso poema...Sentido e essência de todos os meus...Na noite..e nos sonhos somos o que quisermos ser..temos quem sonhamos ter...
Ana és doce em tuas escolhas!
Bjs;)
Mais uma maravilhosa escolha, Ana. É bom vir aqui e ler o que a tua sensibilidade nos dá. Beijinhos
a manhã despertará
da sombra
é quase domingo de julho
lê-se completamente poesia
encosta do teu mar
espelho de memória
beijinhos
vento
Refugiados no sonho, na noite...naquilo que queremos sonhar. As tuas escolhas magníficas, fazem pensar e ter vontade de vir aqui tornando este espaço refúgio de pensamentos. Parabéns…
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