O último amor
Foto de Pedro Borges aqui
Era o último amor. A casa fria,
os pés molhados no escuro chão.
Era o último amor e não sabia
esconder o rosto em tanta solidão.
Era o último amor. Quem adivinha
o sabor breve pela escuridão?
Quem oferece frutos nessa neve?
Que rasga com ternura o que foi verão?
Era o último amor. O mais perfeito
fulgor do que viveu sem as palavras.
Era o último amor, perfil desfeito
entre lumes e vozes e passadas.
Era o último amor e não sabia
que os pés à terra nua oferecia.
Luis Filipe Castro Mendes
5 Comments:
Olá "Ana"
Belíssimo poema de amor...Não posso dizer mais nada...
O poema já diz tudo o que sinto, este e o poema anterior que amei e não conhecia!
Bjokas!;)
Belo pema sobre o último amor e o sentir...Bjs e ;)
Estás convidada...
Querida Ana
Último amor??? Isso não...
Um beijo
Daniel
Ultimo Amor! Amor para além de ultimo deveria ser único...que para nós seria simplesmente tudo. Será?
O que sei, é o que vi: um cantinho a falar de amor com muita pureza.
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