Nel mezzo del camin...
Foto de Ricardo Jorge Correia aqui
Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
e triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
e alma de sonhos povoada eu tinha.
E parámos de súbito na estrada
da vida: longos anos, presa à minha
a tua mão, a vista deslumbrada
tive da luz que teu olhar continha.
Hoje, segues de novo... Na partida,
nem o pranto os teus olhos humedece,
nem te comove a dor da despedida.
E eu, solitário, volto a face e tremo,
vendo o teu vulto que desaparece
na extrema curva do caminho extremo.
Olavo Bilac
9 Comments:
Se precisares de boleia, diz :)
muito sensível. estranhamente é o 1ºpoema k conheço deste autor. O tamanho d aminha ignorância por vezes espanta-me! Bom f.s. Bjs e ;)
"Eu, solitário, volto a face e tremo,
vendo o teu vulto que desaparece
na extrema curva do caminho extremo"
De uma beleza e realidade que dói...lembra-me todas as despedidas...E quantas foram...
Beijinhos!
Os caminhos são mesmo assim, descontínuos!...
As partidas são sempre tristes...
Deixo um abraço e bom fim de semana ;)
Olá Ana,
Lindo, mas triste para mim, detesto partidas, e tenho sempre que lidar com elas todos os anos...
Beijinhu e um óptimo fim de semana para ti.
;)
Que belo poema! Na verdade, todas as partidas e abandonos são difíceis, mas a que acontece depois de longos anos... essa é terrível!
Querida Ana,
Lamento a tua perda.
Deixo-te um ombro amigo.
Bjs
Olá Ana,
Continuam lindos mas tristes as tuas selecções de poemas... Este soneto de Olavo Bilac não conhecia... é de facto muito lindo mesmo... espero que voltes a sorrir para sempre muito em breve... não que esqueças quem partiu, isso não... mas que recordes sem tanta dor... que recordes agradecida por te teres cruzado com quem partiu... sem fechar portas a quem no presente te quer bem... Beijinhos e inté já...
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