Sem que soubesses
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Foto de Mamz Hu
(www.onexposure.net)
Eu cantei este amor sem que soubesses.
Falei de ti com as palavras mais limpas,
viajei (sem que soubesses) no teu interior.
Fiz-me degrau para pisares, mesa para comeres,
tropeçavas em mim e eu era uma sombra
ali posta para não reparares em mim.
Andei pelas praças anunciando o teu nome,
chamei-te barco, flor, incêndio, madrugada.
Em tudo o mais usei de parcimónia
a que me forçava aquele ardor exclusivo.
Hoje os versos são para entenderes.
Reparto contigo um óleo inesgotável
que trouxe escondido aceso na minha lâmpada
brilhando ( sem que soubesses) por tudo o que fazias.
Fernando Assis Pacheco
(in Cuidar dos vivos)
.
21 Comments:
Gosto muito de Fernando Assis Pacheco. Quer da sua poesia quer da prosa. Um homem apaixonado e apaixonante.
Bem-hajas, encosta amiga, por no-lo teres trazido hoje.
Mil beijinhos
Bem-hajas!
Um cantar de amor não denunciado...
Um amor escondido de palavras furtivas, que se soltam em versos, que se iluminam com as sombras da noite...
*
encostado
ao meu olhar
reli F. Assis Pacheco,
obrigado ana,
,
com o vocabulário da tua nudez,
tenho um pensamento despido,
,
in-Fernando Assis Pacheco
,
Brisas serenas, deixo,
,
*
Gosto de Assis Pacheco, tão pouco divulgado na blogosfera...
Obrigada por o trazeres aqui, Ana.
Beijinhos
Querida Amiga Ana,
Muito obrigado por nos ter lembrado do inesquecível Fernando Assis Pacheco.
Este grande homem das letras (prosa e poesia) com uma criatividade incrível e inesgotável, tem sido dolorosamente ostracizado, vetado e silenciado.
Infelizmente é assim o panorama cultural português.
Um grande abraço
José António
Há tantas maneiras de cantar o AMOR!...
Assis Pacheco tem a sua, diferente na forma mas intensa e bela.
Beijo
Maria Mamede
Amor aceso cantado de forma pura...por um poeta nascido na minha terra.
Seu pai foi meu médico era eu uma menininha.
Beijo carinhoso,Ana.
Se o óleo é inesgotável assim deverá ser o lume alimentado por ele.
Cadinho RoCo
como se fosse segredo
cantar-amar-segredar,
seilá-talvez,
beijo
~
AMIGA
Peço desculpa da minha falha, mas...só hoje com um pouco mais de tempo para visitar os amigos da blogosfera vejo que no dia 8 de Fevereiro este cantinho fez 4 anos de existência e partilha de emoções e de vivências.
Tenho acompanhado esta viagem e acabei por te conhecer e somos amigas, obrigado por cruzares o meu caminho.
Sobre a minha ausência, penso que sabes ser uma situação forçada pelo meu novo estado de funcionária que regressa ao activo e acabaram-se os dias e dias à boa vida...não era bem assim, mas tinha todo o tempo do Mundo.
Beijinhos e votos de boa semana.
O aceso e eterno cuidar.
Belíssimo poema que veio de encontro ao meu sentir de hoje, nesta 4ª feira de cinzas.
Obrigada por me teres dado a oportunidade de o ler.
Beijos.
viajei (sem que soubesses) no teu interior. ,muito interessante isso...as vezes nos deixamos viajar...viajar..beijos joao
eis as viagens dos amores, Ana! O Assis Pacheco, é infelizmente, pouco divulgado.
Já te devia a visita há muito. Perdoa-me também as ausências.
Um dia volto a escrever num blog. Só não sei quando.
Gosto-to amiga
Um belo cantar ao amor.Não conhecia Fernando Assis, obrigada por partilhar.Beijinhos e obrigada
Belo poema
beijos
Ana, que lindo! Gosto muito de ler Fernando Assis Pacheco.
... Ai, o amor...
Deixo-te com outro grande senhor da poesia: Eugénio de Andrade
"Foi para ti que criei as rosas.
Foi para ti que lhes dei perfume.
Para ti rasguei ribeiros
e dei às romãs a cor do lume."
:) Beijos, Jo Afonso
poesia de grande beleza, apaixonada, como apaixonante é a sua escrita. belíssimo poema. beijo e feliz fim de semANA.
Belo Poema Ana!
O óleo da lampada do amor, é inesgotável, quando se transforma em poesia!...
Um beijo!
Voltei a ler, voltei a encantar-me...
Beijinhos.
Belo este poema de Assis Pacheco.
Bjs
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