domingo, maio 09, 2010

Oração de Clara ao seu jardim

Foto de Jacob Jovelou aqui



Oração de Clara ao seu jardim:
" Meu espírito clama pelos poderes cicatrizantes
Do amor. Neles penso, enquanto escurece ou
Chove torrencialmente na ravina obscura que
Atravesso. Vi levantar-se a ilusão da alegria
Perene como dádiva. Que dardo cravas em mim,
Que assim entenebreço, que nervuras tão densas
Me crias, se em ti me perco?"



Maria Gabriela Llansol
(in O Começo de um Livro é Precioso )


.

10 Comments:

Blogger Maria said...

Bonito post, Ana.
Mas vou voltar para o reler. Hoje é dia não...

Um beijo.

1:03 da manhã  
Blogger musicaquatica said...

Há dias alguém de direito em matéria de letras (considerando que há quem de direito nestas matérias de tão subjectivas cotendas) terá dito que para para aceder à essência da poesia é necessária uma particular sensibilidade.

Julgo não concordar totalmente com aquilo que tal eminência dissera, pois que a sensibilidade dos homens se constrói dia-a-dia, não existindo a meu ver predispostos para as questões do sentir.

Sentir tudo de todas as maneiras inclui os que não sentem e os que sentem de tão variadas formas... Parabéns pela escolha de Pessoa, Campos, o que seja :)

Ainda que a predisposição não seja condição necessária, apraz-me porém perceber como pela encosta se publica POESIA. Daquela que se encontra nos versos mais subtis, mais repletos de verdade. Isto sim, revela a sensibilidade de quem os lê e dá a conhecer ao mundo.

Beijo e obrigada,

Isabel:)

2:23 da tarde  
Blogger Lmatta said...

lindo conjunto
beijos

4:02 da tarde  
Blogger Manuela Freitas said...

Olá Ana,
Foto fantástica! Desta escritora, tanto em prosa como em verso, conheço pouco. Gostei bastante do poema.
Beijinhos,
Manuela

6:10 da tarde  
Blogger poetaeusou . . . said...

*
Ana
,
parabéns
recordei Clara de Assis
que com o seu Irmão Francisco
dos seus bens se despegaram,
,
Conchinhas, ficam,
*

8:45 da tarde  
Blogger ~pi said...

perder-se onde se

encontre,

precisamente,




beijo






~

1:00 da tarde  
Blogger © Maria Manuel said...

penso que um pouco difícil a poesia de gabriela Llansol e ainda bem que a trazes aqui. parece uma busca do amor, mas que se revela árdua.

beijo, Ana

1:42 da tarde  
Blogger De Amor e de Terra said...

"e em ti perdendo-me, como e onde poderei ganhar-me?!"

Olá Ana. Que beleza este poema, bem como a fotografia.

Um beijo de agradecimento pela partilha (sempre belíssimas as tuas escolhas) e pela visita lá em casa.
M.M.

7:59 da tarde  
Blogger tecas said...

Que beleza de poema acompanhdo de imagem. Obrigada Ana, por partilhar
tanta beleza que nos entra nos olhos e no coração.
Beijo amigo

10:32 da tarde  
Blogger . intemporal . said...

.

. sem palavras que re.digam o belo,,, assim... .

. um beijo .

.

12:13 da tarde  

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