Da alma , e de quanto tiver
Foto de Marina Green
Da alma , e de quanto tiver
Quero que me despojeis,
Contanto que me deixeis
Os olhos para vos ver.
Cousa que este corpo não tem
Que já não tenhais rendida;
Depois de tirar-lhe a vida,
Tirai-lhe a morte também.
Se mais tenho que perder,
Mais quero que me leveis,
Contanto que me deixeis
Os olhos para vos ver.
Luís de Camões
.
Da alma , e de quanto tiver
Quero que me despojeis,
Contanto que me deixeis
Os olhos para vos ver.
Cousa que este corpo não tem
Que já não tenhais rendida;
Depois de tirar-lhe a vida,
Tirai-lhe a morte também.
Se mais tenho que perder,
Mais quero que me leveis,
Contanto que me deixeis
Os olhos para vos ver.
Luís de Camões
.
8 Comments:
O nosso Poeta Maior!
Obrigada.
Beijinho, Ana.
Que dizer sobre a poesia de Camões?
Que ontem como hoje nos encanta e nos empolga!
Um beijo.
É sempre bom revisitar Camóes e se alguma vez li este poema, estava completamente esquecido e é belo, nos olhos está toda a alma!
Beijinhos,
Manú
olhos para ver ... talvez o coração para sentir (que é a fisiologia da vida mais do que a fisiologia do corpo, em sentido estrito, como nos tratados. talvez seja o coração os olhos do poeta e o sentir a fonte prima de um poema que se impõe.
um beijo
e obrigada pela partilha
Isabel
PS: apesar de escassos os minutos, gostei muito do encontro de sexta ;)
*
com alma eterna
a foto de Marina Green
,
brisas serenas, ficam,
,
*
São sempre os olhos
o espelho da alma!
Beijoca
lindo poema
gostei do conjunto
beijos
É Camões, enfim :)...
Gosto de vir ler as tuas escolhas, sempre magníficas.
Um beijinho para o teu sábado.
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