Não sabes, leitor, ...
Óleo de Maria Azenha
.
Não sabes, leitor, como estou rodeada de silêncio
há uma ave onde este texto se apoia.
fecho os olhos, e o poema traz para este lugar
o búzio dos cofres
escrevo em filigranas de ar
secretas harpas de sombras
onde as primeiras letras ousam pousar.
durante anos treinei o lúmen do coração
em cântaros de sol subindo os primeiros degraus
depois habituei-me à confidência das aves
pousada na inteligência dos bosques
movidos a vento e água.
acácias entre mãos
por último a ciência da respiração
no sumo das auroras
Maria Azenha
(in de amor ardem os bosques)
.
10 Comments:
Querida Ana...
De amor ardem os bosques...
as palavras,
o fulgor do olhar,
o vermelho poente no horizonte!
Ardem as saudades de sede...
junto à fonte!
Beijosss
AL
Lindo o poema, leve e simultâneamente profundo, em perfeita consonância com o colorido da imagem.
Beijos.
Querida Ana
Por que os poetas fazem sempre exercícios de solidão?
Um beijo
Daniel
OLÁ AMIGA
Parafraseando a poetisa digo:
Não sabes, Amiga Ana,
como estou triste,
continuo à espera da tua visita
e das palavras sobre o "Flirt"
assim que fiz o post
vim logo convidar-te e...
até hoje, nada!!!
Estou rodeada de silêncio
fecho os olhos,
e...deixo-me levar
pela melancolia das horas,
do tempo que passa...
e, eu só, muito só...
Beijos da Tulipa
Uau, este tocou-me!
Naveguei em equilíbrios delicadíssimos, em que a brisa do bater das asas da mais ínfima criatura é cataclismo avassalador...
Mergulho profundo, sem dúvida!
A CONJUNTURA OBRIGA E AQUI ESTOU EU.
ATENTA E OBRIGADA.
.
. e,,, socorro.me na confidência das aves .
.
. bel.íssimo . tudo . de lés.a.lés .
.
. um beijo, .
.
. paulo .
.
*
búzios do silencio
lançados no vento !
,
conchinhas, ficam,
,
*
Adoro Maria Azenha e este livro é belíssimo.
Beijo e bom fim de semana.
[gostei de chegar aqui :)]
ourives
do puro
voo
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