terça-feira, julho 20, 2010

Da alma , e de quanto tiver

Foto de Marina Green



Da alma , e de quanto tiver
Quero que me despojeis,
Contanto que me deixeis
Os olhos para vos ver.

Cousa que este corpo não tem
Que já não tenhais rendida;
Depois de tirar-lhe a vida,
Tirai-lhe a morte também.

Se mais tenho que perder,
Mais quero que me leveis,
Contanto que me deixeis
Os olhos para vos ver.





Luís de Camões


.

8 Comments:

Blogger Maria said...

O nosso Poeta Maior!
Obrigada.

Beijinho, Ana.

8:26 da tarde  
Blogger Maré Viva said...

Que dizer sobre a poesia de Camões?
Que ontem como hoje nos encanta e nos empolga!
Um beijo.

9:12 da tarde  
Blogger Manuela Freitas said...

É sempre bom revisitar Camóes e se alguma vez li este poema, estava completamente esquecido e é belo, nos olhos está toda a alma!
Beijinhos,
Manú

10:00 da tarde  
Blogger musicaquatica said...

olhos para ver ... talvez o coração para sentir (que é a fisiologia da vida mais do que a fisiologia do corpo, em sentido estrito, como nos tratados. talvez seja o coração os olhos do poeta e o sentir a fonte prima de um poema que se impõe.

um beijo
e obrigada pela partilha
Isabel

PS: apesar de escassos os minutos, gostei muito do encontro de sexta ;)

12:46 da manhã  
Blogger poetaeusou . . . said...

*
com alma eterna
a foto de Marina Green
,
brisas serenas, ficam,
,
*

11:51 da manhã  
Blogger vieira calado said...

São sempre os olhos

o espelho da alma!

Beijoca

1:41 da manhã  
Blogger Lmatta said...

lindo poema
gostei do conjunto
beijos

5:16 da tarde  
Blogger Graça said...

É Camões, enfim :)...

Gosto de vir ler as tuas escolhas, sempre magníficas.


Um beijinho para o teu sábado.

7:46 da tarde  

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