Quando ouço ao telefone a voz que brinca
Foto de Jennifer
Quando ouço ao telefone a voz que brinca
e canta, sem saber, os dias novos,
pouco me importam tempo, espaço, luas,
ou maneiras sequer de ser humano.
Vagueio pelo ar, e arranco estrelas
ao cenário sem fim do universo;
e faço pobres contas aos cabelos
depenados no chão, verso após verso.
Nada é real, senão o meu desejo,
nem sei de lei nenhuma que não dobre
a dura mansidão da tua boca;
inventou-nos um deus, para que seja
veloz o lume na manhã sem nome,
e chama viva a voz que nos consome.
António Franco Alexandre
(in Duende)
.
Quando ouço ao telefone a voz que brinca
e canta, sem saber, os dias novos,
pouco me importam tempo, espaço, luas,
ou maneiras sequer de ser humano.
Vagueio pelo ar, e arranco estrelas
ao cenário sem fim do universo;
e faço pobres contas aos cabelos
depenados no chão, verso após verso.
Nada é real, senão o meu desejo,
nem sei de lei nenhuma que não dobre
a dura mansidão da tua boca;
inventou-nos um deus, para que seja
veloz o lume na manhã sem nome,
e chama viva a voz que nos consome.
António Franco Alexandre
(in Duende)
.
9 Comments:
:)
Não conhecia...
Beijo, Ana.
-
Ana
que belo poema.
que bela escolha,
parabens !
,
serenas maresias, deixo,
,
*
A alegria dos amanheceres, a esperança em pano de fundo...
Beijo
Mais um naco de boa poesia saboreado como néctar divino por quem aprecia este estilo literário.
Beijinhos
Bem-hajas!
Lindo,as tuas escolhas são sempre magníficas.
Também não conhecia.
Um beijo.
chama-voz
[voz-chama]
*beijo*
Soberbo poema. Não conheço o autor.
Par ti querida Ana por o divulgares, um bem haja, para ele, um aplauso de admiração.
Adorei.
Um bjito
Boa noite
tão boa como belo o poema,
uma ciranda que encanta.
Lindo e uma resalva a fotografia, que tbm adorei.
Bjinhos que o sol esteja sempre solM e até mais
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