quarta-feira, junho 08, 2005

Vigílias





Quando aqui não estás
o que nos rodeou põe-se a morrer

a janela que abre para o mar
continua fechada só nos sonhos
me ergo
abro-a
deixo a frescura e a força da manhã
escorrem pelos dedos prisioneiros
da tristeza
acordo
para a cegante claridade das ondas

um rosto desenvolve-se nítido
além
rasando o sal da imensa ausência
uma voz

quero morrer
com uma overdose de beleza

e num sussurro o corpo apaziguado
perscruta esse coração
esse
solitário caçador


Al Berto

5 Comments:

Blogger hfm said...

Tão bom reler Al Berto

10:39 da manhã  
Blogger lique said...

"quero morrer
com uma overdose de beleza"

Que coisa linda, este poema de Al Berto!
Beijinhos e um bom fim de semana

9:58 da tarde  
Blogger Heloisa B.P said...

BELO O POEMA (como o sao TODOS dese *AUTOR*_DESSE POETA_)!!!!!!!!
_LINDA A FOTO!
E...SUA SENSIBILIDADE, Sua LINDA ALMA E, REFINADO GOSTO; necessitaria eu, de novos "adjectivos" ,para a qualificar!

_Hoje, passei um dia melhor minha DOCE E GENEROSA AMIGA!
_OBRIGADA POR *TUDO*!

BEIJINHOS.
Sua,Heloisa.
************************

12:53 da manhã  
Blogger Conceição Paulino said...

belíssima escolha. Quase ouvi o roçar das breves ondas e o sussuro da presença. Bjs e ;) e bom f.s.

8:23 da manhã  
Blogger Daniel Aladiah said...

Querida Ana
Sempre nos dás a tua overdose de beleza...
Um beijo
Daniel

8:28 da tarde  

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