A casa estava silenciosa e o mundo estava calmo
Foto de Nuno Teles aqui
A casa estava silenciosa e o mundo estava calmo.
O leitor tornou-se o livro; e a noite de verão
Foi como a existência consciente do livro.
A casa estava silenciosa e o mundo estava calmo.
As palavras eram proferidas como se não houvesse livro,
Excepto que o leitor se inclinava sobre a página.
Queria inclinar-se, queria muito acima de tudo ser
O académico para quem o seu livro é a verdade, para quem
A noite de verão é como uma perfeição de pensamento.
A casa estava silenciosa porque tinha que estar.
O silêncio era parte do sentido; parte da mente:
O acesso da perfeição à página.
E o mundo estava calmo. A verdade num mundo calmo,
No qual não há outro sentido, ele próprio
É calma, ele próprio é verão e noite, ele próprio
É o leitor inclinando-se tarde lendo ali.
Luís Quintais
4 Comments:
Silencioso calmo,terno e belo...
Um momento de suavidade e beleza!
Bom final de semana!
Beijos :)
Silêncios semibreves também são as palavras de muitos livros. Genuínos são os que habitam os livros e para quem o silêncio é a soma de todas as coisas.
Não conhecia este poeta Ana. Bem Haja!
beijinhos
vento
O mundo calmo?!... :)
Que bom ler esta calma e paz depois da semana atribulada que tive...
Bom fim de semana, beijokas e até já...
Enviar um comentário
<< Home