A magnólia
Foto de Joan Kocak aqui
A exaltação do mínimo
e o magnífico relâmpago
do acontecimento mestre
restituem-me a forma
o meu esplendor
Um diminuto berço me recolhe
onde a palavra se elide
na matéria - na metáfora -
necessária e leve, a cada um
onde se ecoa e resvala -
A magnólia,
o som que se desenvolve nela
quando pronunciada,
é um exaltado aroma
perdida na tempestade,
um mínimo ente magnífico
desfolhando relâmpagos
sobre mim
Luiza Neto Jorge
(in O seu a seu tempo)
.
A exaltação do mínimo
e o magnífico relâmpago
do acontecimento mestre
restituem-me a forma
o meu esplendor
Um diminuto berço me recolhe
onde a palavra se elide
na matéria - na metáfora -
necessária e leve, a cada um
onde se ecoa e resvala -
A magnólia,
o som que se desenvolve nela
quando pronunciada,
é um exaltado aroma
perdida na tempestade,
um mínimo ente magnífico
desfolhando relâmpagos
sobre mim
Luiza Neto Jorge
(in O seu a seu tempo)
.
12 Comments:
Hoje sinto-me oca. Há imagens que ferem e não se conseguem esquecer. Oca, dizia, é como me sinto. Vazia. Mas com capacidade de apreciar este belo poema que aqui deixas. Nem sei se é o tempo das magnólias...
Um beijo, Ana.
Belo poema!
Bjs
magnólia ou rajar de luz que são os poemas de Luiza Neto Jorge.
Obrigada! :)
Dos mínimos que são máximos!
*
a tua escolha merece
multicloridas magnólias,
,
um mar de cnchinhas,
deixo,
,
*
Olá Ana,
Além da bonita fotografia gostei imenso do poema, onde se proclama a exaltação do simples e do mínimo, a glória e a felicidade do ser e não do ter.
Beijinhos.
Branca
Querida Ana
A propósito da magnólia, foi o único filme até hoje em que saí a meio, e é filme premiado, que terei perdido?
Um beijo
Daniel
belíssimo poema, Ana! sempre óptimas escolhas para partilhar connosco :)
beijinho.
Não conheço muito bem a obra da autora.
Obrigada.
Tudo de bom.
Quando escrevo
uma magnólia estende sobre as palavras a tua sombra...
toco na sombra,
como se tocasse na tua mão...
EUGÉNIO DE ANDRADE
Beijos meus Ana!
AL
OLÁ ANA
Neste momento tenho dores na alma, tu sabes como tem sido difícil a minha vida, mas...lendo-te, sentindo-te por perto, algumas dores vão aliviando.
Não serão estas dores de quem ama a escrita, todas iguais?
E, as dores de quem ama alguém, serão mais acutilantes?
Talvez...ou não!!!
Não me divido entre a poesia e o mar. Fico com os dois, preciso de ambos para respirar!
Beijos.
A magnólia tão delicada, a poesia tão bela, um enquadramento perfeito tecido pelas tuas mãos de artista.
Beijos.
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